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Atividades começam em 8 de fevereiro com a conscientização de adolescentes e no diálogo com conselheiros tutelares sobre o tema

*Texto adaptado

 

Fevereiro já começou com um debate importante em todo o país: a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída por lei em 2019. No Distrito Federal, as ações serão distribuídas ao longo do mês, com foco na conscientização de adolescentes e no diálogo com conselheiros tutelares e demais servidores que atuam com este público, promovidas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA/ONU) e o IECAP - Agência de Transformação Social.  

“A melhor forma de prevenir a gravidez na adolescência é com educação, alertando tanto as meninas quantos os meninos sobre os impactos de uma gestação precoce em seu desenvolvimento”, destaca a secretária da Sejus, Marcela Passamani. “Estamos falando de adolescentes que desenvolvem problemas de saúde por causa da gestação, abandonam a escola, não conseguem emprego e perdem o acesso a oportunidade de uma vida melhor. São muitas as consequências sociais e econômicas da gravidez na adolescência, que perpetuam um ciclo vicioso de pobreza e baixa escolaridade”, completa. 

Segundo Astrid Bant, representante do UNFPA no Brasil, “é fundamental investir na prevenção da gravidez não intencional na adolescência por meio de informação qualificada, de serviços de saúde amigáveis, da promoção do empoderamento e da prevenção da violência sexual, de forma a fortalecer as trajetórias de vida de adolescentes e jovens. Além disso, também é importante apoiar as adolescentes que tenham ficado grávidas ou se tornado mães, fortalecendo a rede de apoio como creches, a retomada do sistema educacional e o suporte profissional.”

A primeira atividade está marcada para a próxima terça-feira, dia 8 de fevereiro, e envolve a realização de uma roda de conversas presencial com adolescentes da Cidade Estrutural, no Centro da Juventude, das 20h às 21h30. Esse evento será promovido também com jovens de Samambaia, no dia 17, das 14h às 15h30, no Centro da Juventude do local. A ação é realizada pelo IECAP, com o apoio da Sejus e do UNFPA.

A programação inclui ainda o diálogo com conselheiros tutelares, pesquisadores, servidores e integrantes da sociedade civil, que terão a oportunidade de participar de uma atividade online na próxima sexta-feira (11).  O evento será veiculado na plataforma Zoom e transmitida ao vivo no canal do UNFPA do YouTube (https://youtu.be/c4AbKdL9Vms), às 10h. Na ocasião, serão ouvidas especialistas do CIDACS BAHIA - FIOCRUZ sobre pontos relevantes que rodeiam a gravidez na adolescência.

Dados 

Um estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) revela que o número de partos de mães adolescentes (entre 10 e 19 anos) ocorridos no DF diminuiu significativamente nos últimos anos, passando de 9.421, em 2000, para 5.266 em 2016. Em 2018, a proporção de partos de mães adolescentes no DF ficou em 10%, o menor índice do país. No Brasil, esse percentual era de 16%.

Perfil das mães adolescentes 

De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2018, 7.077 adolescentes de 14 a 19 anos eram mães, o que correspondia a 5,1% das meninas nessa faixa etária no Distrito Federal.

As regiões que concentravam os maiores percentuais de mães adolescentes eram: Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. 

Em relação ao perfil étnico-racial, 81% eram negras. Além disso, 75% tinham renda familiar per capita de até meio salário mínimo; 69% não estavam no ensino formal e 17% estavam ocupadas no mercado de trabalho.

 

*Com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal