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Diretora Executiva do UNFPA condena decretos do Talibã no Afeganistão, que proíbem mulheres no ensino superior e no trabalho humanitário

Diretora Executiva do UNFPA condena decretos do Talibã no Afeganistão, que proíbem mulheres no ensino superior e no trabalho humanitário

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Diretora Executiva do UNFPA condena decretos do Talibã no Afeganistão, que proíbem mulheres no ensino superior e no trabalho humanitário

calendar_today 27 December 2022

Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do UNFPA. Foto: ©UNFPA
Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do UNFPA. Foto: ©UNFPA

Declaração da Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do Fundo de População das Nações Unidas

Condeno fortemente os recentes decretos das autoridades de facto Talibãs, que proíbem as mulheres de frequentar o ensino superior e de trabalhar com organizações humanitárias nacionais e internacionais. Essas decisões violam a lei internacional de direitos humanos e negam às mulheres e meninas no Afeganistão a liberdade e a capacidade de fazer suas próprias escolhas e decisões, privando-as de sua autonomia e dos direitos que deveriam ser garantidos enquanto seres humanos.

Ao negar às mulheres e meninas o direito à educação, as autoridades de facto estão negando as contribuições de metade da população afegã para o desenvolvimento nacional, crescimento econômico e estabilidade do país.

As mulheres também são fundamentais para uma resposta humanitária eficaz. A cada mês, 24.000 mulheres dão à luz em áreas de difícil acesso do Afeganistão, e essas mulheres precisam de serviços de saúde para dar à luz com segurança. O UNFPA, a agência de saúde sexual e reprodutiva das Nações Unidas, conta com mulheres trabalhadoras humanitárias para fornecer serviços de saúde e proteção que salvam vidas a mulheres e meninas no Afeganistão. No ano passado, elas e outros parceiros ajudaram o UNFPA a alcançar 4,3 milhões de afegãos com serviços essenciais de saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil, e quase 1 milhão de pessoas com serviços de apoio psicossocial, treinamento em habilidades para a vida e informações.

O UNFPA se solidariza com o povo do Afeganistão, como temos feito nos últimos 46 anos. Pedimos às autoridades de facto que permitam que mulheres e meninas voltem à escola e que mulheres que trabalham para organizações não-governamentais continuem salvando vidas de milhões de afegãos em extrema necessidade.

Por Natalia Kanem