Mensagem do Diretor Executivo do UNFPA, Dr. Babatunde Osotimehin, sobre o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
25 de novembro de 2014
Ao comemorarmos o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, devemos nos mobilizar para os 16 Dias de Ativismo (pelo Fim da Violência contra as Mulheres) a partir de agora até o Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro. Junte-se ao esforço global do “Dia Laranja” como parte da Campanha UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres, do Secretário-Geral das Nações Unidas.
Juntos, temos que continuar a fazer nossas vozes serem ouvidas.
Não importa quem você é ou de onde vem, é hora de falar, romper com o silêncio e tomar uma posição. Não podemos mais permitir que uma em cada três mulheres seja submetida à violência física ou sexual ao longo da vida.
É hora de acabar com a desigualdade de gênero e com a impunidade que permite que esse tipo de violência e sofrimento continue em escala tão generalizada. Os governos têm a responsabilidade de respeitar os direitos humanos de todas e todos, garantir a segurança e a justiça.
Do abuso doméstico à violência sexual, do bullying virtual ao tráfico de seres humanos, de casamentos precoces e forçados de crianças à mutilação genital feminina, é hora de acabar com a violência contra mulheres e meninas em todas as suas formas.
Não há hoje nenhum país no mundo, nem mesmo um, onde as mulheres e meninas vivam livres da violência.
O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, continuará a defender fortemente o direito de cada mulher e menina a viver sem violência, coação e discriminação. Continuaremos a defender a saúde sexual e reprodutiva e os direitos, bem como a igualdade de gênero.
O UNFPA continuará a apoiar os esforços de todas as partes do mundo, da escola de maridos do Níger ao movimento Padara do Zimbabwe, da formação de juízes na comunidade Amak da Nicarágua ao trabalho com líderes comunitários e religiosos, passando pelo envolvimento de homens e meninos para acabar com a violência e a discriminação contra as mulheres e meninas.
Estamos trabalhando com a ONU Mulheres e outros parceiros no desenvolvimento de padrões globais de serviços essenciais para sobreviventes da violência baseada em gênero. Esses serviços abordam as necessidades psicossociais, legais e de habitação que muitas e muitos sobreviventes enfrentam, além das devastadoras consequências para a saúde, que vão desde gravidezes forçadas e não desejadas e abortos inseguros e forçados a sequelas físicas e mentais permanentes.
Os impactos sobre as comunidades e as sociedades em geral são de longo alcance, e são ainda maiores em situações de crise.
Da Síria ao Iraque, do Sudão do Sul à República Centro Africana e outras nações devastadas por conflitos ou desastres naturais, o UNFPA está fornecendo serviços de saúde reprodutiva, incluindo cuidados de saúde materna e planejamento familiar. Estamos trabalhando para garantir que a saúde e a segurança das mulheres, incluindo o parto seguro e a proteção contra a violência, sejam priorizados nas operações humanitárias.
A comunidade mundial está unida em torno da posição de priorizar o fim da violência contra as mulheres na agenda internacional de desenvolvimento pós-2015.
O UNFPA vai continuar pressionando por um mundo livre de violência para todas as mulheres e meninas. Não vamos parar até que essa violência deixe de ser tolerada e fique definitivamente restrita ao capítulo vergonhoso da história ao qual pertence.