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“Ao proteger, promover e cumprir os direitos humanos das pessoas LGBTQI em todo o mundo, podemos garantir direitos e escolhas para todas as pessoas”, afirma Natalia Kanem.

Nova York, 28 de março - Os direitos humanos são inerentes a todos os seres humanos, e esses direitos são garantidos a todas as pessoas, independentemente de gênero ou orientação sexual.

Como chefe da agência de saúde sexual e reprodutiva das Nações Unidas, UNFPA, estou profundamente preocupada com as tentativas de criminalizar as relações entre pessoas do mesmo sexo em algumas partes do mundo, expondo milhões de indivíduos ao risco de detenção, prisão ou até morte.

A perseguição a lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, pessoas queer e intersexuais (LGBTQI) é uma violação de seus direitos à liberdade, privacidade, liberdade de expressão, e igualdade, de se verem livres da violência, discriminação, tratamento desumano e degradante, e a um julgamento justo.

A opressão das pessoas LGBTQI em todo o mundo contraria diretamente a missão do UNFPA de alcançar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e de assegurar os direitos de todas as pessoas.

Isso leva a consequências devastadoras para a saúde pública ao cortar efetivamente o acesso equitativo a serviços que salvam vidas, aumentando o estigma e a discriminação, em particular para pessoas vivendo com HIV, minando assim os esforços para controlar a epidemia de HIV.

Coloca em grave risco a vida de alguns dos membros mais vulneráveis ​​da sociedade, bem como daqueles que trabalham para proteger sua segurança, saúde e direitos – como profissionais de saúde, advogados, jornalistas e trabalhadores do setor humanitário.

Juntamente com nossos parceiros, o UNFPA continuará a combater a violência, a discriminação e a exclusão enfrentadas pela comunidade LGBTQI. Ao proteger, promover e cumprir os direitos humanos das pessoas LGBTQI em todo o mundo, podemos garantir direitos e escolhas para todas as pessoas.

Por Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do UNFPA.