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Em sua 4a edição, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) entrega ao Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a Embaixada da Noruega, nesta quarta-feira (28), a pesquisa sobre a violência e o assassinato contra travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas e demais pessoas trans brasileiras. A entrega terá transmissão, às 15h, no canal do UNFPA Brasil no youtube: https://youtu.be/XasfGiOsLAo

O Dossiê é entregue dentro do contexto da semana da visibilidade trans, onde se observa o dia 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans. O evento chama a atenção para as violências baseadas em gênero e como os mecanismos de prevenção e respostas a estas precisam ser aprimorados.

O evento virtual conta com a presença de Astrid Bant, Representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil; Nils Martin, Embaixador na Embaixada da Noruega no Brasil; Keila Simpson, Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e ativista do movimento LGBT; Bruna Benevides, Secretária de Articulação Política da ANTRA e autora do Dossiê dos Assassinatos e da Violência contra Pessoas Trans Brasileiras.

No dossiê, é apresentado um panorama ampliado sobre os impactos das transfobias. Os dados produzidos em parceria com o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), destacam a luta antitransfobia, em especial a letal, no país e no mundo, tendo sido traduzido e acessado em mais de 30 países.

O documento levanta a discussão sobre a responsabilidade das pessoas cisgêneras nessa violência, além da urgência de serem traçadas políticas emergenciais a fim de enfrentar os altos índices de assassinato que colocou o Brasil no topo do ranking de assassinato de pessoas trans novamente em 2020 – pelo 13º ano consecutivo. Em 2020, segundo a ANTRA, a necro-Trans-política seguiu em pleno funcionamento, se consolidando como o ano com mais assassinatos de travestis e mulheres trans desde o início desse tipo de levantamento de dados no país.

O estudo indica ainda que apesar de uma perceptível mudança na forma com que geralmente a mídia trata pessoas trans nas noticias sobre assassinato, ainda são recorrentes os casos onde se reproduz de forma transfóbica o apagamento da identidade de gênero das vitimas. Alerta que se mantém a falta de dados sobre o perfil dos suspeitos, no mesmo momento em que os nomes de registro das vítimas são expostos, sem menção a seus nomes sociais. 

 

Leia a pesquisa completa, a partir de 29/01, em: https://antrabrasil.org/

 

*Com informações da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)