Globalmente, quase uma em cada seis pessoas vive com algum tipo de deficiência. Sua demanda? Nada sobre nós sem nós.
As pessoas com deficiência continuam sendo gravemente sub-representadas nos parlamentos e espaços de poder ao redor do mundo – excluídas dos processos de formulação de políticas e tomadas de decisão sobre questões que afetam diretamente suas vidas. Como resultado, suas experiências são, e seus direitos e escolhas frequentemente negados.
A discriminação e o estigma social enfrentados por pessoas com deficiência são agravados pelas desigualdades de gênero e outros fatores, como idade e etnia. Suas vulnerabilidades são ainda mais acentuadas em crises humanitárias, nas quais perdem rapidamente o acesso a sistemas de suporte essenciais e enfrentam dificuldades para se proteger de situações de risco.
Mulheres e meninas com deficiência estão sujeitas a taxas mais altas de violência baseada em gênero e têm menos acesso a informações sobre saúde sexual e reprodutiva. Mais da metade das mulheres com deficiência já ouviu que não deveria ter filhos, o que viola seu direito à autonomia corporal e à decisão de formar ou não uma família.
Por meio do programa Nós Decidimos (We Decide em inglês), o UNFPA amplia o acesso a serviços e informações de saúde sexual e reprodutiva adaptados às necessidades de mulheres e jovens com deficiência. Trabalhamos com essas populações para oferecer serviços inclusivos que respeitem sua dignidade e direitos, ao mesmo tempo que desafiamos atitudes enraizadas sobre o que é “ser uma pessoa com deficiência”. Isso inclui desconstruir a ideia de que pessoas com deficiência não podem ter relacionamentos íntimos como qualquer outra pessoa.
Esses esforços fazem parte da estratégia mais ampla de inclusão de pessoas com deficiência do UNFPA, que promove os direitos humanos dessas pessoas em todas as esferas de suas vidas e aborda as barreiras sistêmicas que enfrentam. Isso inclui a coleta de dados que amplifiquem suas vozes e orientam os processos de tomada de decisão.
Recentemente, o UNFPA coletou dados de Pesquisas Demográficas e de Saúde em seis países, permitindo que especialistas analisassem de forma mais eficaz a complexa relação entre deficiência e violência por parceiro íntimo. A análise oferece uma base mais precisa para defender leis e políticas mais protetivas.
Este é apenas um dos muitos caminhos para o progresso. Em todo o mundo, pessoas com deficiência estão liderando inovações que derrubam barreiras e criam um mundo mais acessível – promovendo a igualdade para todos.
Neste Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, vamos unir forças para facilitar que pessoas com deficiência compartilhem suas experiências e conhecimentos, influenciando as decisões que impactam suas vidas.
Vamos trabalhar juntos para construir sociedades mais inclusivas – para o benefício das pessoas com deficiência e de todos nós.