O terceiro vídeo da campanha de comunicação contra a xenofobia em Roraima. “Elas Somos Nós”, vai ao ar nesta quinta-feira, 1° de fevereiro. Realizado Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pela Rede Acolher (UFRR), com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e Organização Internacional para as Migrações (OIM), o filme traz a mensagem da maternidade sem fronteiras: um convite à reflexão dos desafios enfrentados diariamente por mulheres que têm que sair de seus lares e reconstruir a vida com a responsabilidade da criação dos filhos e filhas.
De acordo com pesquisa realizada pela Cátedra Sérgio Viera de Mello na Universidade Federal de Roraima (UFRR) com o apoio do Acnur, 42% das venezuelanas que migraram para o Brasil vieram sozinhas com seus filhos, são chefes da família e responsáveis financeiras pelo lar. Este mesmo cenário se repete com mulheres de outras nacionalidades não somente em Roraima. Há cada vez mais mulheres migrantes no mundo. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que, entre as mais de um bilhão de pessoas que se deslocam no mundo, a metade sejam mulheres. Este dado inclui não somente migrações entre diferentes países, mas deslocamentos internos, no caso de pessoas que mudam de cidade dentro do mesmo país de origem.
Na primeira parte da campanha, ações buscavam aproximar a população nacional da migrante a partir da empatia, de colocar-se no lugar do outro provocando o questionamento “E se Fosse Você?”. Na segunda etapa, foram mostradas histórias de três mulheres sobre seus sonhos e anseios, no vídeo "Eu sou, eu sonho". Esta última ação traz a história de mulheres migrantes e propõe: “Elas somos nós”. Mulheres, independentemente da nacionalidade, passam pelos mesmos desafios quando são levadas a saírem de suas cidades de origem.
“Quando comparamos as histórias de vida de uma brasileira do sul que se mudou para o norte do Brasil, com a venezuelana que saiu do seu país com dois filhos pequenos, vemos que, apesar das diferenças, tem algo muito forte que as une: a busca por uma condição de vida melhor para sua família”, explica a oficial de programa do Fundo de População da ONU, Ana Cláudia Pereira.
Todos os três vídeos que fazem parte da campanha podem ser vistos nas redes sociais das agências.