Cartilhas disponibilizadas em espanhol, warao e português abordam temas como abuso sexual no mercado de trabalho, violência doméstica, formas de identificação e locais de atendimentos e denúncias
Para atender a demandas diferenciadas de meninas e mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas que vivem no Brasil, a ONU Mulheres, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), com o apoio do Governo de Luxemburgo, acabam de lançar duas cartilhas sobre temas recorrentes para populações em deslocamentos. As publicações explicam e ilustram situações de assédio e de violências, auxiliam mulheres na identificação dessas violações e instruem sobre como realizar denúncias.
As duas cartilhas nasceram de um mapeamento de necessidades junto a refugiadas e migrantes. A primeira fala sobre a Casa da Mulher Brasileira e as diferentes violências previstas na Lei Maria da Penha que mulheres podem estar sofrendo. Produzida em espanhol, português e warao, ela também traz uma lista dos principais locais de atendimento da rede de apoio e proteção em Boa Vista, que atualmente é a cidade que mais concentra mulheres venezuelanas refugiadas e migrantes. O material também foi uma solicitação das mulheres warao atendidas pelo projeto, com artes trabalhadas conjuntamente com elas a fim de dialogar mais com a própria cultura.
A segunda cartilha é escrita em espanhol e português e aborda a questão do assédio sexual no mercado de trabalho – como identificar, quais provas podem ser registradas e quais medidas podem ser tomadas pelas vítimas. A necessidade deste material surgiu durante mapeamento participativo para o Plano de Resposta a Refugiados e Migrantes 2021 com as mulheres interiorizadas - algumas sofreram assédio no trabalho e não sabiam onde recorrer para conseguir apoio e para denunciar.
As duas publicações são produtos de conhecimento que integram o programa conjunto LEAP - Liderança, empoderamento, acesso e proteção para mulheres migrantes, solicitantes de refúgio e refugiadas no Brasil. Assinado em 2018 e em implementação desde 2019, o programa tem como objetivo apoiar o governo brasileiro na resposta adequada às necessidades de mulheres migrantes e refugiadas no Brasil.
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