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Em 2022, tivemos pelo menos 151 pessoas trans mortas, sendo 131 casos de assassinatos e 20 pessoas trans suicidadas. A mais jovem trans assassinada tinha 15 anos, e vimos um acirramento na patrulha contra crianças e adolescentes trans, sendo inclusive vitimas de violências dentro do ambiente escolar. E embora haja uma leve queda em relação a 2021, o perfil das vítimas se manteve o mesmo. Chama atenção o país figurar novamente como o que mais consome pornografia trans nas plataformas digitais de conteúdo adulto no mesmo momento em que o Brasil figura como o país que mais assassinou pessoas trans pelo 14º ano consecutivo. Houve ainda 142 violações de direitos humanos e os casos de impedimento de uso do banheiro foram os que mais tiveram destaque nessa edição. Seguimos vendo a política estatal de subnotificação da violência lgbtifóbica, e os estados insistem em não levantar os dados sobre violência contra a população LGBTQIA+, em especial os assassinatos. Mantém-se a falta de dados sobre o perfil dos suspeitos, no mesmo momento em que os nomes de registro das vitimas são expostos, sem menção aos seus nomes sociais. Em sua sexta edição, a pesquisa anual Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras, apresenta a atualização contendo os dados de 2022 sobre a situação de violência, violações de direitos humanos e assassinatos contra pessoas trans brasileiras. É o quarto ano consecutivo no qual a produção da pesquisa é apoiada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).