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No intuito de discutir as necessidades para o desenvolvimento da juventude da capital baiana e obter subsídios para a criação de um plano de ação de políticas públicas voltadas para esses e essas jovens, cerca de 150 pessoas compareceram na tarde da quinta-feira (6) na audiência pública “Política Municipal de Juventude no Município de Salvador - BA”, realizada no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador, no Centro Histórico, e organizada pelo vereador Silvio Humberto, após a solicitação de organizações estudantis e de defesa de crianças e adolescentes.

O evento contou com a participação de Taís Santos, Representante Auxiliar do UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, de Luciane Reis, Coordenadora de Comunicação do Plano Juventude Viva da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), de Felipe Freitas, Coordenador do Plano Juventude Viva pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), de Gabriel Oliveira, da Coordenação Estadual de Juventude do Governo do Estrado da Bahia, Cleifson Dias, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia (SEPROMI), do vereador Luiz Carlos e de Michele Vieira, Presidente do Conselho Estadual da Juventude.

A Representante do UNFPA falou sobre o bônus demográfico que o Brasil passa no momento e a necessidade de aproveitar a oportunidade, pois “não adianta ter condição favorável se não se investe em educação e emprego”. Ela apresentou ainda as ações desenvolvidas pelo Fundo de População na Bahia para apoiar o desenvolvimento das capacidades desses e dessas jovens e colaborar na construção de suas habilidades para a vida (apresentação disponível para download).

Segundo Gabriel Oliveira, “ainda não é possível identificar nos órgãos da prefeitura um que responda a política de juventude e que dê conta de abrir o debate na sociedade local”. Ele destacou ainda que no Estado a discussão principal atualmente é sobre o impacto da violência na vida dos e das jovens e que a Bahia está entre os estados com maiores e piores índices. Oliveira contou que está sendo organizado em parceria com a SEPPIR e a SNJ,  um seminário específico sobre o tema para o segundo semestre do ano.

“Não conseguimos pensar no desenvolvimento da sociedade brasileira se não pensarmos em como a maioria da população brasileira, no seu ciclo de vida mais potente, em termo de criação, está sendo vitimada”, destacou Felipe Freitas, que ressaltou também que a violência no país é concentrada no seguimento da população negra. O coordenador do Plano Juventude Viva, pela SEPPIR, disse ainda que é importante refletir sobre como o machismo se dá na construção das famílias e legitima a violência dos homens.

O debate contou também com a participação de diversos (as) jovens que apresentaram suas reivindicações à Casa Legislativa. Mítalo Ammon, de 19 anos, por exemplo, chamou atenção ao iniciar a sua fala de forma tímida cobrando uma pista de skate para o bairro de Castelo Branco, mas terminou cobrando mais respeito para professores e empenho dos políticos em trabalhar na melhoria da qualidade de vida da população.

Confira aqui a matéria publicada no Diário Oficial do Legislativo.