O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) realizou, na última semana, uma roda de conversa no abrigo da Operação Acolhida voltado para homens migrantes e refugiados em Boa Vista, o Santa Tereza. Ao todo, 74 venezuelanos que vivem no abrigo participaram da ação, que forneceu orientações sobre saúde sexual e reforçou o combate à homofobia — o UNFPA foi ao local após surgirem vários relatos de preconceito e discriminação no espaço contra os moradores homossexuais. Também foram discutidos assuntos de saúde como alcoolismo e redução de danos. A ação foi feita em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
No contexto de assistência humanitária, o UNFPA lidera as ações de prevenção à violência de gênero e de promoção da saúde sexual e reprodutiva. O público prioritário são as populações mais vulneráveis no contexto de deslocamento forçado, como mulheres, gestantes, pessoas com deficiência, pessoas LGBT, idosas, indígenas, entre outros que apresentam necessidades de proteção específicas.
A especialista em Saúde Sexual e Reprodutiva do UNFPA em Roraima, Leila Rocha, destaca, entretanto, a importância de desenvolver ações entre os homens, e de combater violências como a LGBTfobia dentro de seus espaços de convivência. “É importante lidar com esse público, para diminuir, por meio de ações educativas, as contaminações por infecções sexualmente transmissíveis e também mostrar a eles os insumos, camisinhas masculinas e femininas, falar sobre os benefícios da prevenção combinada e a importância de respeitar a comunidade LGBT”, explica.
