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Temas populacionais dos BRICS são tema de seminário no Brasil

Temas populacionais dos BRICS são tema de seminário no Brasil

Temas populacionais dos BRICS são tema de seminário no Brasil

calendar_today 11 February 2015

O evento reúne especialistas sobre população e busca uma proposta de plano de trabalho conjunto para os países do grupo

brics1As populações dos países que compõem os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ganham destaque no 2º Seminário de Funcionários e Peritos em Questões Populacionais do Brics e na 1ª Reunião de Ministros Responsáveis por Assuntos Populacionais do Brics , promovido pelo governo brasileiro com apoio do Fundo de População das Nações Unidas, o UNFPA. A reunião acontece entre os dias 10 e 13 de fevereiro em Brasília, DF, Brasil.

O grupo BRICS é formado pelos principais países de economia emergente do mundo. Juntos, são territórios o de vivem 2,9 bilhões de pessoas. Os semelhantes contextos econômicos e populacionais são identificados como uma oportunidade para o compartihamento de experiências e cooperação.

Durante os quatro dias de seminários, as delegações terão a oportunidade de debater temas de relevância para o BRICS e para suas realidades nacionais, como mortalidade materna, aids e doenças sexualmente transmissíveis; migração rural-urbana e urbanização; envelhecimento e transferências intergeracionais; desigualdades de gênero no mercado de trabalho e o papel das mulheres no cuidado de crianças pequenas e idosos dependentes.

Durante a mesa de abertura, o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/ PR), Marcelo Neri, destacou que “a grande força dos BRICS é a complementariedade. Nosso desafio é tornar essas complementariedades em virtudes. Nosso desafio é também falar sobre a maior riqueza desses países, que é a população”. Neri apontou alguns desafios da agenda brasileira que merecem atenção nesse diálogo, como ajustes fiscais, produtividade, poupança e investimentos de qualidade no capital humano.

 

O embaixador do Brasil na Rússia, Carlos Paranhos, destacou a importância do Programa de Ação da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento (CIPD) para as agendas dos BRICS e afirmou que, após 20 anos, ainda é preciso reduzir a mortalidade infantil e materna, diminuir o desemprego da população jovem, respeitar a diversidade e promover a igualdade de gênero.

O recém nomeado Diretor da Divisão Técnica do UNFPA, Benoit Kalasa, ressaltou que o Fundo está pronto para reforçar a cooperação entre as instituições nacionais dos países dos BRICS. “Esses países tem ambientes similares, enfrentam desafios comuns e buscam atingir objetivos comuns, e, mais importante ainda, estão bem posicionados para colaborar com outros países por meio de capacitação, desenvolvimento institucional e advocacy”, afirmou. Para Kalasa, “os benefícios e as potencialidades da experiência do BRICS são evidentes em muitas áreas, especialmente nos temas de população”.

Ainda no início do evento, durante a primeira sessão, ministros responsáveis por assuntos populacionais dos países do grupo levantaram questões de maior relevância. Rússia destacou esforços no aumento da fecundidade, China e Índia falaram sobre a preocupação com as taxas de natalidade e África do Sul, a necessidade de maiores esforços no controle da mortalidade materna, do HIV e de doenças sexualmente transmissíveis.

Reunião ministerial

Na quinta-feira (12), ministros brasileiros ligados a assuntos populacionais, como o do Desenvolvimento Social e o das Cidades e ao menos um ministro de cada um dos países participantes se reúnem na 1ª Reunião de Ministros Responsáveis por Assuntos Populacionais do Brics.

A expectativa é que a partir dessa reunião seja apresentado um plano de
trabalho conjunto, firmado entre os representantes do BRICS, voltado para
os assuntos de população e desenvolvimento.

A reunião de ministros dos cinco países e o seminário de peritos em questões populacionais são resultado do plano de ação aprovado na 6ª Cúpula do BRICS, em julho de 2014, em Fortaleza, e do primeiro seminário de peritos da área realizado em março do ano passado na África do Sul.

* Por Gabriela Borelli/ UNFPA Brasil