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Sessão informativa do UNFPA leva informação a migrantes e refugiados que vão viajar a outras partes do país

Sessão informativa do UNFPA leva informação a migrantes e refugiados que vão viajar a outras partes do país

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Sessão informativa do UNFPA leva informação a migrantes e refugiados que vão viajar a outras partes do país

calendar_today 06 August 2019

Participantes de última sessão em momento descontraído (Foto: Yareidy Perdomo/UNFPA Brasil)

Em uma sala lotada, 60 pessoas migrantes e refugiadas que em breve deixarão o estado de Roraima participaram de mais uma sessão informativa pré-interiorização promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), na última sexta-feira, 2. O processo de interiorização é coordenado pela Operação Acolhida, resposta do governo federal ao fluxo migratório, e tem o objetivo de levar as pessoas venezuelanas que chegam ao país a outras cidades, onde podem encontrar mais oportunidades. O Fundo de População atua, nesta etapa, levando informação sobre direitos e serviços que podem ser encontrados na cidade de destino, sempre com foco na promoção da saúde reprodutiva e dos direitos humanos, na prevenção e resposta à violência de gênero e na resiliência comunitária. 

Todas as semanas, o UNFPA realiza sessões para pessoas que viajam a diferentes estados do Brasil. Estas sessões são feitas por meio de rodas de conversa, dinâmicas, trocas de informações e momentos lúdicos nas vésperas das viagens. Os públicos prioritários da ação são mulheres, jovens, pessoas LGBTI, idosas, pessoas vivendo com HIV, entre outras com necessidades específicas de proteção.

Cada sessão conta com a participação de 30 a 50 pessoas, que também recebem materiais informativos sobre o Disque 180 e a Lei Maria da Penha. São distribuídos insumos de prevenção em saúde reprodutiva, abordando a importância de usá los para prevenir Infecções Sexualmente Transmissíveis e gravidez não intencional.  As palestras ressaltam a importância de ter informação sobre o que fazer em caso de violência baseada em gênero, quais são os serviços de atendimento à mulher e as delegacias especializadas para tratar do assunto.

“A ideia é que as pessoas, nesse momento, entendam a importância de seguir em frente e empoderadas para responder a uma possível situação de violência, entendendo quais são os elementos que podem alavancar essa situação e a necessidade de acionar a rede e os processos de proteção, tanto para a mulher que está passando por isso, quanto para alguma outra que ela conheça e esteja”, afirma a oficial de programa para Assistência  Humanitária, Irina Bacci.

Números

Mais de 11 mil pessoas já participaram do processo de interiorização da Força Tarefa Logística Humanitária para o Estado de Roraima – Operação Acolhida. A maioria já se encontra em outras cidades do Brasil, principalmente São Paulo, Cuiabá e Manaus. O processo é organizado pelo Governo Federal com apoio, além do UNFPA, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).