Go Back Go Back
Go Back Go Back
Go Back Go Back

Políticas de saúde em contexto de migração são discutidas na Fiocruz

Políticas de saúde em contexto de migração são discutidas na Fiocruz

News

Políticas de saúde em contexto de migração são discutidas na Fiocruz

calendar_today 29 October 2019

Evento aconteceu na Fiocruz, em Brasília, com a presença de Junia Quiroga, representante interina do UNFPA no Brasil, e, Federico Martinez, representante adjunto do ACNUR no Brasil (Foto: UNFPA Brasil/Thais Rodrigues)

O número de pessoas em deslocamento forçado em todo o mundo já superou a marca de 70 milhões, o maior nível já registrado, segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Com esse cenário é necessário garantir políticas de saúde nas regiões impactadas pela migração. Essa foi a temática abordada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pelo ACNUR na 10ª sessão do ciclo de debates sobre sustentabilidade de políticas para migrantes, realizado na última quinta-feira (24), na Fiocruz, em Brasília.

 

O aumento nos números de imigrantes em todo o mundo se relaciona em parte com a ocorrência de crises político-econômicas, como a da Venezuela. Cerca de 4 milhões de venezuelanos e venezuelanas já saíram do país desde 2015. É nesse contexto que o Brasil está inserido, uma vez, que a cidade brasileira de Pacaraima (RR) representa um dos pontos de fronteira que serve de entrada de pessoas venezuelanas que estão migrando para o Brasil. 

 

Durante o debate, o representante adjunto do ACNUR, Federico Martinez, ressaltou que o papel das Nações Unidas, juntamente com outras organizações é auxiliar o governo brasileiro a manejar a resposta humanitária, no caso do Brasil, a Operação Acolhida. “Nós colaboramos na garantia dos direitos básicos que cada pessoa necessita, e que essas pessoas possam se beneficiar e usufruir dos seus Direitos Humanos”, diz. 

 

Considerando a saúde como foco principal, o UNFPA vem realizando um trabalho com as populações em situação de maior vulnerabilidade no contexto de emergência humanitária - mulheres, puérperas, lactantes, jovens, adolescentes, pessoas idosas e com deficiência, além de indígenas e pessoas LGBTI. O UNFPA implementa ações de prevenção da violência baseada em gênero e promoção do acesso à saúde sexual e reprodutiva.

 

À luz dos preceitos do Programa de Ação da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento (CIPD), o qual completa 25 anos em 2019, o UNFPA defende que saúde e direitos reprodutivos devem ser garantidos ainda em contextos de emergência humanitária. “A atuação em contextos humanitários e de emergência pressiona os sistemas locais, e para a sua sustentabilidade é essencial transitar para ações de desenvolvimento, com o aumento das capacidades institucionais locais”, afirma Junia Quiroga, representante auxiliar do UNFPA. 

 

O Ciclo de Debates é promovido pelo Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília) com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) Brasil. A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, coordenou a mesa e destacou a importância da parceria entre múltiplos atores para que se atinjam ações sustentáveis e perenes de atenção à saúde nas fronteiras.