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Organizações nordestinas e Fundo de População da ONU promovem ações de enfrentamento à violência baseada em gênero

Organizações nordestinas e Fundo de População da ONU promovem ações de enfrentamento à violência baseada em gênero

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Organizações nordestinas e Fundo de População da ONU promovem ações de enfrentamento à violência baseada em gênero

calendar_today 16 November 2020

Próximo encontro será aberto e ocorrerá em 25 de novembro (Reprodução)

O trabalho realizado pela "Sala de Situação de Violência Baseada em Gênero: monitoramento das políticas públicas de prevenção e resposta a violência baseada em gênero Nordeste" conta com a expressiva participação de 12 organizações da sociedade civil da região nordeste e do Fundo de População da ONU (UNFPA), que realizam reflexões, trocas e ações de prevenção e enfrentamento visando eliminar toda e qualquer forma de violência baseada em gênero.

O sétimo e último encontro fechado aconteceu na semana passada, dia 5/11. A reunião começou com uma análise sobre a Sala de Situação, vista como espaço de diálogo e articulação, para apoiar o trabalho desenvolvido por instituições protagonistas no enfrentamento às violências. O próximo encontro será aberto e acontecerá em 25 de novembro, em celebração ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Michele Dantas, oficial de projeto do UNFPA na Bahia, ressaltou a importância da atuação em parceria com instituições ativas em suas finalidades. De acordo com ela, só é possível fortalecer pautas e promover mais ações de advocacy a partir da percepção da coletividade.

Segundo Paula Ferreira, representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres de Alagoas, “às vezes, as instituições ficavam isoladas em suas ações, sobretudo na pandemia, e a Sala de Situação ajudou a estabelecer trocas para enfrentar as graves violações dos direitos humanos das mulheres, causando grande impacto social no estado".

Para Nivete Azevedo, do Centro de Mulheres do Cabo, Pernambuco, o espaço permite trocas valiosas.  “A partir da Sala e Situação, se pode conhecer outras companheiras atuantes no Nordeste. O Centro de Mulheres do Cabo, se sente honrado em manter viva essa articulação, pois as violências de gênero não cessam e se reinventam a cada enfrentamento”, concluiu.

Na avaliação de Célia Gomes, da Associação de Prostitutas do Piauí, a Sala de Situação inseriu e deu voz às prostitutas, por vezes preteridas dos espaços políticos e de discussão, para que todas as mulheres se unam em uma só voz.

Tendo também como eixo a capacitação, as instituições integrantes da Sala de Situação participarão do curso de advocacy virtual que acontecerá entre os dias 17 e 19/11. A formação tem por objetivo fortalecer a resposta à violência, investindo no aumento da capacidade de atuação e controle social de políticas públicas sobre o tema, através do diálogo e monitoramento virtual de setores e públicos estratégicos.

Durante todo o mês de novembro, as organizações que participam da Sala de Situação estão promovendo ações de enfrentamento à violência baseada em gênero. Entre as ações, estão  caminhadas, panfletagens, rodas de conversas, mapeamento de políticas, debates virtuais, ações de comunicação digital, entre outras, visando mobilizar o governo e a sociedade civil sobre as múltiplas faces da violência baseadas em gênero no nordeste brasileiro.

As organizações da sociedade civil que compõem a Sala de Situação Violência Baseada em Gênero do Nordeste são: a Associação Baiana de Travestis, Transexuais e Transgêneros em Ação (ATRAÇÃO), da Bahia; a Associação de Prostitutas da Paraíba- (ASPROS-PB); a Associação de Prostitutas do Piauí- (APROSPI); a Associação Maranhense de Travestis e Transexuais- (AMATRA); o Centro de Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres, de Alagoas; o Centro de Mulheres do Cabo, de Pernambuco; o Coletivo de Mulheres do Calafate, da Bahia; o Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes- (GAMI), do Rio Grande do Norte; o Instituto Maria da Penha, do Ceará; a Organização de Mulheres Negras- (BAMIDELÉ), da Paraíba; a Organização Social Ágatha, de Sergipe e a Rede Feminista de Saúde e Grupo de Trabalho sobre o Feminicídio ( GT-FEM), da Bahia.