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Além da apresentação do relatório da ONU, instituição cultural convidou grupo de meninas cariocas para contar sobre suas realidades e expectativas

A importância do investimento e da proteção das meninas brasileiras é tema do seminário ‘10 meninas na construção dos amanhãs’, realizado em parceria entre o Museu do Amanhã e o Fundo de População da ONU (UNFPA). O seminário acontece no dia 26 de maio, das 9h às 18h, no Auditório do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Inspirado no relatório do UNFPA ‘10 – Como nosso futuro depende de meninas nessa idade decisiva’, que mostra como a vida das meninas é radicalmente transformada a partir dos 10 anos, o evento reunirá especialistas da agência das Nações Unidas, de organizações e universidades brasileiras para debater a situação das meninas hoje, o lugar ocupado por elas nas políticas públicas e seu papel fundamental para que o país possa alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a chamada Agenda 2030. Além disso, professoras e líderes comunitárias compartilharão suas experiências de atenção à educação e à saúde de meninas em diferentes situações econômicas, sociais e familiares.

Essa também será uma oportunidade de diálogo entre diferentes gerações de mulheres brasileiras. Dez meninas de realidades distintas, de favelas a bairros nobres do Rio, convidadas pela equipe de Educação do Museu do Amanhã, contarão suas expectativas diante dos vários futuros possíveis, de desafio­s recorrentes a cenários de plena realização - que dependem das decisões tomadas hoje pela sociedade. Ao mesmo tempo, um grupo de jovens compartilhará os obstáculos enfrentados cotidianamente, que poderão continuar diante das nossas meninas, se nada mudar. A astrônoma Duília de Melo também participará do seminário, contando a sua trajetória desde menina, passando pela decisão ser cientista, e os desafios que enfrentou até a se tornar uma pesquisadora da Nasa.

O evento é aberto ao público e as informações estão disponíveis no site do Museu do Amanhã.

Dados sobre meninas de 10 anos ou mais

O relatório Situação da População Mundial do UNFPA observa que, das 125 milhões de crianças de até 10 anos de idade que existem atualmente em todo o mundo, 60 milhões são meninas que são sistematicamente prejudicadas ao passar da adolescência para a idade adulta.

· Na América Latina e no Caribe há cerca de 5,3 milhões de meninas de 10 anos de idade. 

· Segundo o IBGE, o Brasil tem atualmente 1,6 milhão de meninas dessa idade. na faixa de 10 a 14 anos, o número é de cerca de 8 milhões (Censo IBGE 2010), sendo que 563 mil aproximadamente vivem no Rio de Janeiro. 

· Existem cerca de 60 milhões de meninas de 10 anos no mundo hoje. Mais da metade delas vive nos 48 países com maior desigualdade de gênero.

· Se todas as meninas de 10 anos de idade que vivem em países em desenvolvimento completassem o ensino médio, a economia desses países poderia, no seu conjunto, gerar uma renda anual adicional de 21 bilhões de dólares.

· Na América Latina, 10% a 20% dos jovens disseram ter tido sua primeira relação sexual antes da idade de 15 anos.

· 19% das adolescentes na região são casadas ou estão em união estável. As mulheres jovens são mais vulneráveis a uma série de problemas de saúde sexual e reprodutiva, tais como a gravidez na adolescência, abortos em condições inseguras, infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, violência de gênero, assédio e estupro.

· Estima-se que 47.700 meninas se casam diariamente em todo o mundo antes dos 18 anos de idade.

· Na América Latina e no Caribe, o risco de uma adolescente com menos de 15 anos morrer de causas relacionadas à gravidez é até três vezes maior do que em mulheres com mais de 20 anos.

· Nove em cada 10 meninas com 10 anos de idade vivem em países em desenvolvimento, e uma em cada cinco vive em um país menos desenvolvido.

· Cada ano de educação proporciona um aumento médio de 11,7% na renda obtida pelas meninas na sua futura vida profissional (em comparação com 9,6 % para os meninos). No entanto, 16 milhões de meninas com idade entre 6 a 11 anos nunca irão à escola, o dobro do número de meninos. 

· Dez por cento das meninas com idades entre 5 e 14 anos fazem mais de 28 horas de trabalho doméstico por semana, o dobro dos meninos. Três em cada quatro trabalhadoras infantis não são remuneradas.

· A gravidez na adolescência está ligada a condições sociais e econômicas e ao acesso a direitos básicos: no Rio de Janeiro, por exemplo, uma em cada 4 crianças nascidas na Comunidade da Maré é filha ou filho de mães adolescentes, enquanto uma em cada 50 crianças nascidas no Humaitá é de mães adolesdentes.

Museu do Amanhã 10 meninas

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