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Juventude negra debate sobre engajamento e racismo algorítmico em oficinas promovidas pelo Fundo de População da ONU

Juventude negra debate sobre engajamento e racismo algorítmico em oficinas promovidas pelo Fundo de População da ONU

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Juventude negra debate sobre engajamento e racismo algorítmico em oficinas promovidas pelo Fundo de População da ONU

calendar_today 25 November 2020

A oficina sobre racismo algorítmico contou com a participação de Bruna Rocha, jornalista e assessora do Programa Corra pro Abraço, e Nina da Hora, colunista do MIT Technology Review (Reprodução)

O Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA), no âmbito do projeto Redes&Raízes, reuniu cerca de 19 jovens representantes de organizações, coletivos e iniciativas das juventudes negras para participarem de oficinas formativas. A ação começou na última  terça-feira, 17, e vai finalizar nesta quinta-feira, 26/11.

Buscando fortalecer habilidades de resiliência, advocacy e capacidades organizacionais para as juventudes negras no Brasil, jovens participaram da primeira oficina que teve como tema ‘Como utilizar as mídias sociais como ferramenta de engajamento?’. Este momento contou com a participação de Bruna Rocha, jornalista e assessora de comunicação do Programa Corra pro Abraço.

“Não tem como pensar nosso engajamento nas redes sem compreender onde estamos pisando”. Bruna Rocha abordou sobre engajamento nas redes e explicou sobre o conceito de hackeamento social. Hackeamento social são estratégias discursivas para ampliar o engajamento, por exemplo, uma foto de uma pessoa famosa com uma frase de efeito é algo que pode gerar engajamento. São atalhos, mas não podem ser a estratégia principal porque perdem o sentido. Não é apenas para ganhar seguidores, e sim para convencer pessoas sobre novos projetos de sociedade”.

Na segunda oficina que ocorreu nesta quarta-feira, 18, os e as jovens puderam debater também sobre Racismo Algorítmico. A oficina contou com a participação de Nina da Hora, colunista do MIT Technology Review. “As tecnologias que usamos hoje foram tecnologias pensadas por pessoas que tinham somente uma perspectiva de vida, na maioria das vezes essa perspectiva é de uma pessoa branca, e isso acaba enviesando no que estiver criando e vai impactar pessoas na sociedade. O racismo algorítmico não tem uma definição fechada, ele é uma consequência do racismo e das pessoas que estão ocupando lugares de decisão dentro da tecnologia”.

Kézia Nunes, representante do projeto Caleidoscópio Jovem, comentou: “A cada dia, a gente vai entendendo mais as facetas do racismo, porque em uma sociedade estruturada pelo racismo, ele vai estar presente em todos os espaços, mesmo que ainda não tenhamos nos atentado”

A próxima oficina acontece na próxima quinta-feira, 26, e terá como tema Captação de Recursos, com a participação de Selma Moreira, diretora executiva no Fundo Baobá

 

Projeto Redes&Raízes

O UNFPA está implementando o projeto Redes e Raízes em parceria com o Observatório da Juventude do UNFPA, cujas ações são voltadas para as juventudes negras. O projeto Redes&aRaízes tem como objetivo fortalecer as ações lideradas no Brasil por meio do apoio ao desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias de resiliência, advocacy, formação e liderança. O projeto integra-se a uma estratégia regional do UNFPA para ampliação da participação no processo de desenvolvimento sustentável, reconhecida como fundamental para o enfrentamento ao racismo.

 

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VOCÊ JÁ OUVIU O PODCAST "FALA, UNFPA"?

O Fundo de População das Nações Unidas no Brasil lançou o podcast "Fala, UNFPA" que aborda temas como saúde sexual e reprodutiva, equidade de gênero, raça e etnia, população e desenvolvimento, juventude, cooperação entre países do hemisfério sul e assistência humanitária. Tudo isso, claro, a partir de uma perspectiva de direitos humanos. Saiba mais clicando aqui.