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O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) foi um dos participantes da missão organizada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em Roraima, para conhecer a realidade local e as respostas ao HIV. Fizeram parte da missão seis agências que compõem o UNAIDS e uma representante do Ministério da Saúde. Ao longo de três dias, o grupo visitou as secretarias estadual e municipal de Saúde, as secretarias estaduais de Justiça e Cidadania e de Educação, e teve encontros com representantes de organizações da sociedade civil que atuam com populações LGBTI e pessoas vivendo com HIV. Também foram visitadas as instalações da Operação Acolhida, que recebe as pessoas venezuelanas que chegam ao país.

A visita permitiu ao time de especialistas avaliar, com uma perspectiva intersetorial, como está sendo feita a abordagem em relação às pessoas vivendo com HIV e aquelas mais vulneráveis à epidemia, principalmente a população migrante e refugiada. “A visita foi feita realmente com objetivo de levantar informações para que possamos construir um relatório que nos ajude a pensar em ações futuras e também a entender onde e como a Equipe Conjunta do UNAIDS pode apoiar as ações que já estão sendo realizadas na região. O foco da missão não era específicamente em pessoas migrantes e refugiadas, mas ficou evidente que essa população precisa de uma atenção maior nessas questões de HIV, tanto de tratamento quanto de prevenção”, explica o diretor interino do Unaids, Cleiton Euzébio de Lima.

A participação do UNFPA neste cenário foi muito bem avaliada: no contexto de emergência humanitária, o Fundo de População é a agência responsável por promover e garantir a saúde sexual e reprodutiva. Com foco na população mais vulnerável, como mulheres, mulheres grávidas, lactantes, pessoas idosas, com deficiência e pessoas LGBTI, o UNFPA também tem atenção especial à comunidade vivendo com HIV. Nos postos de triagem da Operação Acolhida, onde as pessoas migrantes e refugiadas podem acessar diversos serviços, o Fundo mantém salas de escuta individuais, onde as pessoas se sentem à vontade para tirar dúvidas e solicitar informações. “Foi muito interessante também ver a atividade de testagem rápida e o espaço reconhecido como Espaço Amigável. A epidemia de HIV entre jovens é um ponto importante e, como Equipe Conjunta, cabe a nós traçar estratégias com foco nestas populações”, lembra o diretor do Unaids.