Em celebração ao 31 de agosto, data em que as Nações Unidas celebrará pela primeira vez o Dia Internacional das Pessoas Afrodescendentes, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lança um edital inédito de apoio a povos e comunidades negras tradicionais do Rio de Janeiro. Serão selecionadas 14 organizações da sociedade civil do Estado, com o objetivo de fortalecer e valorizar as tradições de matriz africana. Além de fomentar a economia cultural e criativa, o edital prevê o apoio técnico e qualificação das instituições contempladas, com capacitações voltadas para o afroempreendedorismo, a geração de renda e a autonomia financeira. O projeto é uma parceria do UNFPA com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH).
Para esta iniciativa, é previsto um investimento total de R$700 mil. Podem se inscrever organizações da sociedade civil com pelo menos um ano de atuação comprovada nas áreas relacionadas a empreendedorismo, geração de renda, valorização da cultura tradicional e dos saberes presentes nos povos e comunidades negras tradicionais. As inscrições estão abertas até 1º de setembro de 2021.
A oficial para Equidade de Gênero, Raça e Etnia do Fundo de População das Nações Unidas, Luana Silva, lembra que neste ano são celebrados os 20 anos da Conferência de Durban, marco histórico contra o racismo e a intolerância. O edital é mais uma das iniciativas que o UNFPA promove para fortalecer e ampliar a capacidade de povos e comunidades negras tradicionais, mirando no desenvolvimento sustentável e na construção de uma sociedade mais equitativa. “Além do apoio financeiro, o Fundo de População da ONU vai fornecer apoio técnico, por meio de consultores, para incentivar iniciativas que busquem o afroempreendedorismo e a valorização das tradições negras. Esta é uma iniciativa inédita, que promove a autonomia econômica de grupos socialmente excluídos por meio de formações que incentivem a implementação de seus projetos”, afirma.
A ideia, de acordo com Luana, é expandir a iniciativa para o resto do país. “Nós também vamos elaborar um documento técnico contendo a metodologia aplicada, com o intuito de que esta iniciativa tenha o potencial de ser replicada para outros estados que tenham interesse em apoiar as comunidades negras tradicionais”, detalha.
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