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O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) atendeu 93 mulheres e meninas refugiadas e migrantes da Venezuela entre os dias 7 e 9 de abril, na cidade de Pacaraima, em Roraima. A região faz fronteira com a Venezuela e é o principal ponto de entrada para pessoas vindas do país vizinho em busca de refúgio e migração no Brasil. É missão do UNFPA atuar para que todas as gestações sejam desejadas, todos os partos seguros e que toda pessoa jovem alcance seu potencial. 

As atividades envolveram atendimentos ginecológicos e obstétricos, realizados como parte da resposta humanitária do UNFPA para a crise migratória venezuelana no contexto da Operação Acolhida. A equipe do Fundo de População da ONU esteve presente nos abrigos da Operação, assim como o Posto de Interiorização e Triagem.

Segundo Leandro Morais, enfermeiro obstetra que atua no UNFPA, grande parte dos atendimentos foi de mulheres com descontinuidade no acesso aos métodos contraceptivos, ou seja, mulheres que já utilizavam algum tipo de método, mas precisaram interromper por falta de acesso. Também foram atendidas mulheres grávidas que buscam realizar os exames de pré-natal.

Morais destacou a importância do Fundo de População realizar ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva na região de fronteira. “Seguir de forma ativa, realizando atendimentos de pré-natal e voltados ao aconselhamento e dispensação de métodos contraceptivos, é uma atividade essencial de apoio ao cuidado de saúde sexual e reprodutiva às mulheres e meninas venezuelanas. O contexto atual é de especial vulnerabilidade para refugiadas e migrantes, devido à continuidade no fechamento das fronteiras e às condições precárias de travessia”, diz ele.

Desde 2017 o UNFPA está presente na resposta humanitária em Roraima e atua em  Manaus desde 2019. A estratégia para 2021 é priorizar ações de promoção da saúde da mulher e de enfrentamento da violência baseada em gênero, como resposta ao contexto global e local, sem perder de vista os três objetivos estratégicos da organização para 2030: zero necessidades insatisfeitas de contracepção, zero mortes maternas evitáveis e zero violências ou práticas nocivas contra mulheres e meninas.