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A secretária da Mulher do Governo do Distrito Federal (GDF), Éricka Filippelli, participará de um evento de alto nível em Nova Iorque, em 18 de julho, para discutir a implementação do Plano de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo em 1994. Para o alcance dos objetivos propostos, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e todos os seus parceiros ao redor do mundo trabalham para que todas as necessidades de contracepção sejam atendidas, que as mortes maternas sejam evitadas e que a violência ou práticas nocivas contra meninas e mulheres sejam zeradas. O convite foi feito pelo próprio UNFPA, que trabalha em um projeto de cooperação técnica com a pasta do governo distrital.

Junto a especialistas e membros de governo do mundo todo, Éricka Filippelli participará de painéis que vão debater as necessidades de investimento para se colocar em prática o programa de ação adotado por 179 países na CIPD. Também serão discutidos os caminhos para alcançar a universalização dos serviços em saúde sexual e reprodutiva e os benefícios econômicos que podem resultar disso. 

“Eu recebi o convite com muita alegria. Este é um evento específico e muito importante para essa temática, tendo também o respaldo da Agenda 2030, que para nós tem sido referência em todas as nossas ações e políticas no governo. É um momento especial de troca de experiência, conhecimento de boas práticas e dos desafios que estão sendo enfrentados pela América Latina e o Brasil, que serão de grande importância para o Distrito Federal”, analisa a secretária.

Parceria

Em 8 de março, o UNFPA assinou com a Secretaria da Mulher um Memorando de Intenções que prevê ações conjuntas que fortaleçam não apenas as agendas de população e desenvolvimento, mas também de saúde reprodutiva e direitos de adolescentes, jovens e mulheres. “Temos tido um entendimento muito interessante com o UNFPA em relação às políticas que serão adotadas. Há um acordo para que façamos o DF uma referência para o Brasil em saúde sexual e reprodutiva”, explica Éricka.

De acordo com a secretária, o UNFPA será um parceiro importante para ajudar a aumentar o acesso da população do DF insumos e métodos contraceptivos, entre outros programas que o GDF pretende trabalhar. “O nosso objetivo é aumentar o acesso em saúde sexual e reprodutiva, agilizar meios e estabelecer uma estratégia inovadora que permita o alcance das mulheres a serviços e informações, principalmente no sentido de planejamento reprodutivo. Queremos mobilizar a sociedade para nos ajudar nessa causa. Recentemente, tivemos a oferta de contraceptivo de longa duração aqui no DF, o DIU, e ficamos assustadas com a quantidade de mulheres que nos procuraram. Percebemos que há uma grande carência e queremos mudar essa história”, afirma.

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O que foi a CIPD?

A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) foi realizada no Cairo, em 1994, e representou um marco histórico e uma mudança de paradigma na abordagem global sobre os temas de população e desenvolvimento: se antes os objetivos eram exclusivamente demográficos, após a CIPD o foco se tornou a promoção dos direitos humanos, com ênfase no exercício dos direitos reprodutivos e na autonomia das escolhas individuais. O ano de 2019 marca o 25º aniversário da Conferência, cujo documento foi pactuado por 179 países.