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Jovens estudantes do Centro Educacional 310, de Santa Maria, visitaram a Casa da ONU e o escritório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em Brasília nesta segunda-feira, 11, para conhecer as instalações, o trabalho em direitos humanos e a campanha Vidas Negras. Os 10 alunos fazem parte do projeto “365 dias de Consciência Negra”, uma iniciativa desenvolvida pela escola para desenvolver a autoestima e o potencial dos estudantes afrodescendentes. 

 

A visita foi guiada pela oficial de programa para Gênero, Raça, Etnia e Comunicação do UNFPA, Rachel Quintiliano, que apresentou a Casa da ONU, resumindo o trabalho da instituição no país. No escritório do Fundo de População da ONU, os estudantes foram apresentados aos oficiais de programa presentes e, além de saberem mais sobre o mandato do UNFPA no Brasil, conheceram o Estágio Afirmativo, programa que incentiva a construção de equipes mais diversas por meio da inclusão de pessoas negras, LGBTI, indígenas, com deficiência, de baixa renda, entre outras. 

 

“Com esta visita os estudantes puderam perceber que este espaço, a Casa da ONU, também é deles, e que é possível conquistar esse lugar. O programa do Estágio Afirmativo reforça que é preciso dar oportunidade para que existam times mais plurais”, observou Rachel Quintiliano.


Alunos na sala de reuniões do UNFPA (Foto: Fabiane Guimarães/UNFPA Brasil)

 

O aluno Hugo Dias, de 18 anos, ajudou a organizar a visita e deixou o prédio bastante motivado. “Achei muito instrutivo e inspirador. Vou levar daqui que é preciso persistir muito para conseguir o que se quer”, disse. Jefferson Chrystian, de 16 anos, encantou-se pelo programa de Estágio Afirmativo. “Foi uma experiência muito boa, que mudou a concepção do que nós, alunos de escola pública, podemos conquistar. Falar com as pessoas daqui mostra que, independente de onde viemos, temos possibilidade de crescer na vida. Também esclareceu para a gente como funcionam essas relações [internacionais] e como, de um local só, podemos ajudar gente de todo o mundo”.

 

O projeto “365 dias de Consciência Negra” é tocado desde 2018 pela professora de língua portuguesa Margareth Alves, com apoio de Pedro Aragão, e resgata a memória de personalidades negras como forma de empoderar e desenvolver a auto-estima dos estudantes, além de promover ensaios fotográficos, desfiles e visitas guiadas a instituições.