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Iniciado em 2018, o projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná conta com ações em quatro frentes: saúde, educação, gestão do conhecimento e comunicação. As ações têm foco no desenvolvimento socioeconômico, criando e ampliando oportunidades para que adolescentes e jovens ajudem na construção de serviços acolhedores de saúde e também tenham garantidas condições de ampliar suas habilidades para a vida e competências socioemocionais.

A parceria entre a ITAIPU Binacional e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) tem como objetivo trabalhar com os 51 municípios do Oeste do Paraná que assinaram o termo de adesão ao projeto, trazendo uma experiência positiva para a Tríplice Fronteira ao realizar ações para a prevenção e redução da gravidez não intencional na adolescência.

 

Programa específico para o Oeste do Paraná

Iniciado em 2018, o Projeto vem sendo desenvolvido a partir de análise de dados, serviços e estratégias de comunicação que permitam desenvolver ações voltadas para a educação permanente de profissionais de saúde e educação que trabalham com adolescentes e jovens.

O projeto conta com ações em quatro frentes: saúde, educação, gestão do conhecimento e comunicação. Na perspectiva do desenvolvimento econômico da região, ações nessas quatro frentes irão contribuir para o pleno desenvolvimento e fortalecimento das trajetórias de vida de adolescentes e jovens. As ações também têm foco no desenvolvimento socioeconômico, criando e ampliando oportunidades para que adolescentes e jovens ajudem na construção de serviços acolhedores de saúde e também tenham garantidas condições de ampliar suas habilidades para a vida e competências socioemocionais.

Juntos, ITAIPU Binacional e UNFPA, ao lado da gestão municipal, estão desenvolvendo um programa completo de fortalecimento das capacidades sócio-institucionais. Com os investimentos adequados, milhares de adolescentes e jovens no Oeste do Paraná terão a oportunidade de planejar o futuro, fortalecer habilidades e projetos de vida para uma transição segura e saudável para a vida adulta, contribuindo para suas famílias e comunidades onde vivem.

Ações prioritárias do projeto

Fortalecer a oferta de informações e educação, englobando ações de proteção, cuidado e prevenção da gravidez não intencional na adolescência.

Ampliar a acessibilidade e a qualidade da atenção nos serviços de saúde de forma a promover um espaço de informação e atenção para adolescentes.

Gerar conhecimento e evidências para melhorar as práticas e embasar políticas públicas.

Comunicar de maneira simples e eficiente, reforçando a mensagem e favorecendo a concepção, a implementação, o seguimento, a coordenação e a avaliação das atividades.

Resultados esperados

  • Desenvolver a metodologia nos 51 Municípios do Oeste do Paraná que aderiram ao Projeto.
  • Por meio de estratégias e campanhas de comunicação, adolescentes terão maior acesso a informações e habilidades para a vida com ênfase na prevenção da gravidez não intencional na adolescência.
  • Capacitação de 85% ou mais de profissionais indicados das áreas da saúde e educação e, eventualmente, também da assistência social e judiciário, para que possam oferecer serviços de qualidade, fortalecidos na atenção a adolescentes.
  • Certificar os municípios com o Selo para reconhecimento de serviços adequados para adolescentes, de acordo com diretrizes da ONU e do Fundo de População das Nações Unidas.
  • Fornecimento de dados concisos e boas práticas para prevenção da gravidez na adolescência nos municípios da região, e que possam embasar tomadas de decisões de políticas públicas.
  • Sistematizar um modelo de projeto que possa ser replicado em outras localidades, exportando a experiência positiva do Paraná para outros estados que contam com altos índices de gravidez na adolescência

:: Saiba mais sobre o projeto e como participar ::

:: Baixe o resumo executivo do projeto ::

Ações em microrregiões

Para otimizar os resultados das ações previstas no projeto, como capacitações e levantamento de dados, os 51 municípios foram divididos em 5 microrregiões. A microrregião 1, no extremo Oeste, conta com os municípios de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia, Medianeira, Ramilândia, Itaipulândia e Missal. Já a microrregião 2 envolve os municípios de Guaíra, Terra Roxa, Mercedes, Nova Santa Rosa, Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras e Santa Helena.

A terceira microrregião do projeto engloba os municípios de Diamante do Oeste, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Toledo, Quatro Pontes, Tupãssi, Maripá, Assis Chateaubriand, Palotina, Brasilândia do Sul e Francisco Alves. A microrregião 4 conta com os municípios de Vera Cruz do Oeste, Santa Tereza do Oeste, Cascavel, Guaraniaçu, Diamante do Sul, Céu Azul, Lindoeste, Capitão Leônidas Marques, Santa Lúcia, Boa Vista da Aparecida, Três Barras do Paraná e Cantagalo. E a quinta microrregião tem os municípios de Braganey, Corbélia, Cafelândia, Iguatu, Anahy, Ubiratã, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Jesuítas, Formosa do Oeste.

Gravidez na adolescência

Mães adolescentes acabam muitas vezes exercendo menos direitos básicos, como educação, saúde, lazer e trabalho. Quando adultas, acabam com mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho remunerado e conseguir autonomia. Em geral, essas meninas são justamente as que têm menos escolaridade e suas famílias estão nos setores mais carentes da sociedade. Se elas constituem novas famílias, a possibilidade de quebra desse ciclo de pobreza e carência torna-se menor – situações que apontam para a necessidade de fortalecimento de trajetórias de adolescentes.

O Brasil está acima da média global de jovens que se tornam mães entre 15 e 19 anos. O percentual brasileiro é de 18,1%, comparado a média mundial que é de 10,9%. A gravidez não-intencional na adolescência apresenta relação com a desigualdade social, sendo mais frequente entre meninas e mulheres com maior vulnerabilidade. Está associada à escolaridade, a diferenças regionais e de territorialidade, assim como a questões raciais, étnicas, culturais e econômicas.