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A equipe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), representado pelo chefe de escritório em Roraima, Igo Martini, e pela Oficial de Programa de Assistência Humanitária, Irina Bacci, visitou na quarta-feira, 29 de maio, o Hospital Délio Tupinambá, único hospital público da cidade de Pacaraima (RR), localizada na fronteira com a Venezuela. A missão ocorreu em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau), que discute uma possibilidade de parceria técnica com o Fundo. Participaram da visita o secretário adjunto da pasta, Dr. Elias Carvalho, e as coordenadoras de Atenção Especializada e de Urgência e Emergência, Patricia Renovato e Alessandra Gonçalves. A comitiva foi recebida pelo diretor do Hospital Délio Tupinambá, Alshelldson de Jesus, e sua equipe médica e administrativa.

De acordo com a oficial Irina Bacci, a visita teve como objetivo compreender o fluxo de gravidezes de alto risco na fronteira e a estrutura de saúde disponível. “A secretaria quer nosso apoio em assistência técnica, no que diz respeito à saúde reprodutiva, e apresentou desejo em reduzir a mortalidade materna no Estado, incluindo entre as comunidades indígenas. A pasta também deseja apoio técnico para estruturar o hospital da fronteira de forma a oferecer um melhor atendimento em saúde reprodutiva”, afirma. Agora, UNFPA e Secretaria de Saúde farão um diagnóstico conjunto para avaliar as demandas de saúde materna que chegam ao local.

O Fundo de População das Nações Unidas está presente em Roraima desde agosto de 2017, por meio de seu Programa de Assistência Humanitária, atuando diretamente na recepção e atendimento das pessoas venezuelanas migrantes e refugiadas. O trabalho do Fundo abrange os eixos de saúde sexual e reprodutiva e prevenção da violência de gênero, atuando junto à Operação Acolhida, que lidera a resposta de recebimento de pessoas migrantes e refugiadas no país. Mulheres grávidas estão entre as prioridades do UNFPA no país.

De acordo com os dados mais recentes, 813 mulheres grávidas migrantes e refugiadas foram atendidas pelo Fundo de População em Roraima. Deste total, 56% não tinham recebido nenhum tipo de atendimento pré-natal em seu país e foram referenciadas para a rede pública. “O apoio técnico do UNFPA vai permitir melhorar o sistema de saúde não apenas para as mulheres migrantes e refugiadas, mas também para as brasileiras que vivem no estado”, conclui a oficial de programa Irina Bacci.