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Levar informações de qualidade e apropriadas para adolescentes a fim de que elas e eles possam tomar decisões voluntárias, informadas e responsáveis sobre sua saúde e seu futuro e evitar gravidezes não planejadas. Este é um dos principais objetivos de uma parceria firmada entre a ITAIPU Binacional e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil que será apresentada no próximo dia 15 aos prefeitos e representantes de Secretarias de Saúde e Educação dos municípios do Oeste do Paraná.

A ação acontece em Foz do Iguaçu em parceria com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP). Na ocasião ITAIPU e UNFPA irão socializar o projeto para adesão representantes das gestões municipais sobre a importância do tema e para que também possam aderir ao projeto, que será custeado pela empresa binacional.

A iniciativa conjunta envolve a realização de serviços, estratégias de comunicação, produção e análise de dados que permitam desenvolver políticas públicas voltadas para adolescentes e jovens, em especial na prevenção da gravidez não intencional. No Brasil, apenas em 2016 nasceram 24 mil bebês filhos de meninas de até 14 anos de idade e 477 mil filhos de mães com idade entre 15 e 19 anos. Quando olhamos mais de perto este grupo, identificamos algumas características comuns. Segundo o IBGE, de cada 10 meninas de 15 a 19 anos grávidas ou com filhos, 7 são negras e 6 não trabalham nem estudam.

Olhando com cautela para este cenário e pensando no avanço do país, o propósito da ação é contribuir para que as e os jovens, além de exercerem os seus direitos sexuais e reprodutivos com segurança, possam conquistar habilidades de vida e competências para o desenvolvimento de seus plenos potenciais.

“Mães adolescentes acabam muitas vezes exercendo menos direitos básicos, como educação, saúde, lazer e trabalho. Quando adultas, acabam com mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho remunerado e conseguir autonomia”, afirma o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal. “Com esta parceria, queremos que ter filhos seja um escolha consciente e informada, e que tanto meninos quanto meninas tenham acesso ao planejamento de seu futuro, com igualdade de oportunidades.”