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O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, vai apoiar a realização da Oficina de Aprimoramento das Capacidades, Habilidades e Intervenção Política das Mulheres Negras para o Enfrentamento do Racismo, a Violência e Constituição de Concepções do Bem Viver. O projeto, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB, recebeu uma doação do Fundo, por meio de acordo assinado hoje em Brasília.

 

Para a Secretária Executiva da Articulação de Mulheres Negras, Simone Cruz, o apoio será fundamental para o movimento por permitir “um momento de reflexão sobre o processo que conduziu à Marcha”, numa referência à primeira Marcha Nacional das Mulheres Negras, realizada no último dia 18 de novembro em Brasília, que reuniu mais de 15 mil mulheres negras de todo o país. “É a oportunidade de trazer as novas lideranças que surgiram nesse processo para um exercício de avaliação e reflexão política sobre essas questões.

O projeto prevê a realização de uma oficina para o aprimoramento das capacidades de 30 lideranças de organizações de mulheres negras filiadas e parceiras da AMNB, elaboração de uma análise dos processos sociais, políticos e econômicos em curso no Brasil e no mundo e seus efeitos sobre as mulheres negras, e a discussão de uma agenda de ação para o próximo ano. Vai também registrar e sistematizar os processos desenvolvidos para a construção das estratégias de atuação e construir parcerias para o desenvolvimento das ações de curto e médio prazos da AMNB face aos resultados da Marcha.

A Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) é formada atualmente por 27 organizações não governamentais e grupos de mulheres negras de todo o Brasil. Foi fundada em setembro de 2000 com o objetivo de articular o protagonismo das mulheres negras no processo de construção e de realização da III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban (África do Sul) em 2001. Desde então, vem se dedicando ao monitoramento da implantação do plano de ação resultante do evento, bem como a discussão de um modelo de desenvolvimento inclusivo, capaz de enfrentar o racismo, o sexismo e a lesbofobia presentes nas relações sociais e políticas no país.