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Agenda estratégica apoiada pelo Fundo de População da ONU segue até dia 10/12 e busca mobilizar a sociedade civil, organizações governamentais e não-governamentais

Organizações que atuam diretamente no combate às violências de gênero no Nordeste realizam intensa agenda mobilizadora em alusão aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, iniciado em 25 de novembro (Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher). 

O Plano de Mobilização feito no âmbito da Sala de Situação, projeto promovido pelo Fundo de População da ONU com apoio da Embaixada da Noruega, foi planejado por doze instituições. 

Segundo Marta Leiro, integrante da coordenação do Coletivo de Mulheres do Calafate da Bahia, o apoio do UNFPA foi fundamental no suporte ao planejamento e materialização das várias atividades do plano de mobilização. Para ela, sem este apoio, ações concretas seriam inviabilizadas.

Esse conjunto de ações busca evidenciar os diversos tipos de violência, denunciar o feminicídio e engajar toda a sociedade na luta contra a violência de gênero. Para alertar a sociedade sobre as questões jurídicas de combate, o Centro de Defesa da Mulher (CDDM) de Alagoas, no dia 25,, realizou um grande ato público. Segundo Paula Lopes, o cortejo que saiu do centro da capital e se dirigiu à frente do Tribunal de Justiça do Estado, cobrou agilidade no julgamento de crimes contra a mulher. A mobilização reuniu familiares de vítimas, mulheres sobreviventes de violência, entidades e demais movimentos de mulheres, para enfatizar a importância de políticas públicas de proteção e denunciar a impunidade dos agressores.

O plano de mobilização também propõe levar a pauta das mulheres para áreas rurais do Nordeste, aumentando a capacidade de interiorização das políticas públicas e visibilidade dos canais de diálogo, prevenção e redes de proteção. Para Izabel Santos, do Centro de Mulheres do Cabo, a instituição vai fazer parte dos 16 Dias de Ativismo, com diversas ações que ocorrem até 10/12. A intensa programação deste ano contou com o tema “16 motivos para dar enfrentamento à violência contra a mulher”. Em várias localidades da região do Cabo Santo Agostinho e em cidades que compõem o comitê de monitoramento da violência como:  Jaboatão, Moreno, Ipojuca, Cabo, Escada, Ribeirão, Sirinhaém, Rio Formoso, Joaquim Nabuco, Água Preta, Catende e Palmares, ocorrerão ações que buscam sensibilizar a comunidade local. Segundo ela, no dia 23/11, na periferia do Cabo de Santo Agostinho, ocorreu um ato que contou com a participação de moradoras locais, representantes da Associação Mulheres em Ação e a equipe do (CMC). Em meio às denúncias de violência de gênero pela liderança local, a ação buscou conscientizar, mobilizar, informar sobre os direitos da mulher, distribuindo material informativo e visibilizando os canais de denúncia e redes de proteção. 

Para proporcionar maior alcance às atividades programadas, o UNFPA dá visibilidade às ações desenvolvidas para aumentar a importância de se combater a violência baseada em gênero em todas as instâncias da sociedade, além de buscar evidenciar o papel protagonista desenvolvido pelas instituições que lutam em defesa da mulher.

Algumas atividades seguem até 10 de dezembro, data em que é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Confira as ações:

  • Associação Baiana de Travestis, Transexuais e Transgêneros em Ação (ATRAÇÃO), da Bahia 

Com o objetivo de debater sobre a transfobia, a ATRAÇÃO mediará uma roda de conversa virtual interna, a ser realizada até 10/12, com gestores públicos para discutir como a Bahia tem monitorado, o aumento da violência e acompanhado o crescente número de assassinatos e violações de mulheres trans e travestis no estado.

Acompanhe: @atracao_ba

 

  • Associação de Prostitutas da Paraíba- (APROS-PB)

Com abordagens educativas e presenciais, por meio de rodas de conversas nos pontos de prostituição da grande João Pessoa, a APROS da Paraíba, realizou abordagens, testagem rápida para HIV, distribuição de material informativo, para falar sobre canais de denúncia, redes de apoio, e sensibilização para as trabalhadoras do sexo, entre os dias 20/11 e 30/11.

Acompanhe: @apros-pb

 

  • Associação de Prostitutas do Piauí- (APROSPI)

A Associação de Prostitutas do Piauí, unidas a outros grupos de mulheres do estado, no dia 25/11, às 8h, iniciou caminhada na Avenida Frei Serafim, seguindo até o Tribunal de Justiça do Estado, em Teresina. Com faixas, carros de som, mobilizando a sociedade piauiense a dizer não à violência contra as mulheres, o ato buscou ecoar os números de inúmeras mulheres mortas, evidenciando o luto das famílias, diante do alto índice de julgamentos não concretizados.

Acompanhe: @aprospiteresina2

 

  • Associação Maranhense de Travestis e Transexuais- (AMATRA)

Em alusão às reflexões pelo 25 de novembro, a AMATRA integrou a roda de conversa “Somos Todas Natasha: Vidas Trans Importam”, ocorrida em 27/11, às 14h, no Auditório da Casa da Mulher Brasileira, promovida pela SEMU (Secretaria de Estado da Mulher). 

Acompanhe: @amatramaranhao.

 

  • Centro de Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres, de Alagoas

No dia 25/11, o Centro de Defesa dos Direitos das Mulheres de Alagoas realizou caminhada saindo do Centro de Maceió. Em cortejo, os participantes se dirigiram à frente do Tribunal de Justiça do Estado. A grande mobilização reuniu familiares de vítimas, mulheres sobreviventes de violência, entidades e demais movimentos de mulheres, enfatizando a importância de políticas públicas para proteger a vida das mulheres.

Acompanhe: @escritoriodamulher (facebook) e @cddm_al (Instagram)

 

  • Centro de Mulheres do Cabo, de Pernambuco

Com uma intensa programação o Centro de Mulheres do Cabo (CMC) iniciou no dia 20/11, o lançamento da campanha “16 motivos para dar enfrentamento à violência contra a mulher”, no programa Especial “Rádio Mulher”,  integrando a programação especial da Rádio Calheta (FM 98,5).  

No dia 23/11, na Vila Nova Claudete, localizada na periferia do Cabo de Santo Agostinho, o ato contou com a participação de moradoras locais, representantes da Associação Mulheres em Ação e a equipe do CMC. Em meio às denúncias da violência de gênero na comunidade pela liderança local, durante o evento foi distribuído cartilha educativa sobre a Lei Maria da Penha e visibilizado os canais de denúncia e redes de proteção. 

Outras ações pelo fim da violência em vários municípios ocorrem até 10/12, em cidades que compõem o comitê de monitoramento da violência como: Jaboatão, Moreno, Ipojuca, Cabo, Escada, Ribeirão, Sirinhaém, Rio Formoso, Joaquim Nabuco, Água Preta, Catende e Palmares. 

Acompanhe: @centro.das.mulheres

 

  • Coletivo de Mulheres do Calafate, da Bahia

Com ações de comunicação, rodas virtuais e mapeamento de serviços, o Coletivo de Mulheres do Calafate da Bahia, realiza de 25/11 a 10/12, jornadas virtuais com diversos temas. A primeira ação ocorreu no dia 25, com o tema “rede de enfrentamento de violência contra a mulher”, por meio de roda de conversa com associadas no grupo de troca de mensagens. As próximas ações acontecem no dia 09/12, com o tema “trocas de experiências de grupos de mulheres” e em 10/12, encerra o ciclo de atividades com o tema “violência doméstica como violação aos direitos humanos das mulheres”.

 Além dos debates virtuais, ocorrerá um mural informativo na Rua do Calafate, na comunidade do Calafate, com conteúdo educativo para pautar a temática da violência contra a mulher e envolver a comunidade.

Acompanhe: @coletivodemulheresdocalafate

 

  • Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes- (GAMI), do Rio Grande do Norte

O GAMI (Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes) do Rio Grande do Norte, em alusão ao Dia Internacional pelo Combate à Violência Contra a Mulher realizou uma live, no dia 27/11, no youtube. A atividade envolveu música, arte e informação e contou com a participação de Ivanete Oliveira, subsecretaria da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH) e de Marta Almeida da Rede Sapatá e Silvia Dantas, da AMB (Articulação de Mulheres Brasileiras). A programação cultural recebeu o grupo de percussão Batuque de Mulheres, o grupo de Dança JAHÍ, e a cantora Sâmela Ramos.

Acompanhe: @GrupoAfirmativodeMulheresIndependentes e @gamirn

 

  • Instituto Maria da Penha, do Ceará

No Dia Internacional pelo Combate à Violência Contra a Mulher, o Instituto Maria da Penha, lançou nas redes sociais conteúdo informativo chamando atenção para a identificação de formas como a violência psicológica se revela.

Acompanhe: @InstitutoMariadaPenha

 

  • Organização de Mulheres Negras (BAMIDELÊ), da Paraíba 

Composta por mulheres negras da Paraíba, a BAMIDELÊ, no dia 25 de novembro, lançou a Campanha virtual: “DUDU IJÁ: pelo fim da violência contra as mulheres”. Visando ampliar informações sobre prevenção, identificação da violência e redes de apoio à campanha educativa, divulgou com materiais audiovisuais nas redes sociais com o objetivo de ampliar as informações sobre prevenção, identificação da violência e formas de buscar apoio para as mulheres negras, jovens e adultas, residentes na periferia e em quilombos. Também foram produzidos spots para as rádios comunitárias divulgados no Bairro de Marcos Moura, em Santa Rita e na Comunidade Quilombola Caia dos Crioulos, em Alagoa Grande.

Acompanhe: @bamidelepb

 

  • Organização Social Ágatha, de Sergipe 

A Organização Social Ágatha lançou a campanha "Todos por Elas" para difundir as pautas dos "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher". No dia 26, a agenda foi aberta com um bate papo com a psicóloga Cláudia Andrade, falando sobre a importância de ser agente para o fim da violência. 

No dia 1º, ocorre a live com Luana Silva, oficial do programa de Equidade de Gênero, Raça, e Etnia do Fundo de População da ONU. 

Entre ações de conscientização na rede social, nos dias 05 e 10/12, ocorrem as últimas lives nas redes sociais da instituição.

Acompanhe: @ong.agatha

 

  • Rede Feminista de Saúde e Grupo de Trabalho sobre o Feminicídio ( GT-FEM), da Bahia

No dia 27/11, ocorreu o webinário com o tema “Feminicídio em foco: rompendo silêncios na luta por justiça”. A abertura do evento contou com a participação de Vilma Reis, socióloga, ativista e integrante da Coletiva Mahin, que saudou os participantes e a criação do GTFem. Com a mediação de Tânia Palma o evento com a participação de Firmiane Venâncio, Defensora Pública do Estado da Bahia; Beth Ferreira, educadora feminista e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB); da advogada e representante do Consórcio Maria da Penha, Rúbia da Cruz e, de Cláudia Correia, representante da rede de Enfrentamento à violência à mulher de Salvador. 

Acompanhe: @gt_fem

 

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