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No dia 30 de novembro, o Centro Afro Carioca de Cinema Zózimo Bulbul, espaço de resistência negra no Rio de Janeiro, recebeu representantes das 13 organizações comtempladas no edital inédito de apoio ao desenvolvimento sustentável de comunidades e povos negros no estado do Rio de Janeiro do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA)

O objetivo do edital é promover um maior conhecimento e respeito pela cultura e a contribuição de afrodescendentes para o desenvolvimento das sociedades e incentivar o empreendedorismo entre as comunidades negras. As etapas do projeto incluem capacitação estratégica, repasse de recursos e a construção de um modelo de investimento para capital semente - modelo de financiamento que foca no fortalecimento institucional da organização, somando R$1,5 milhão de reais em investimentos.

O projeto é uma parceria do UNFPA com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH).“Dentro do nosso projeto, esse momento detroca resultou em um realinhamento de termos, utilização de conceitos euma compreensão mais afinada do escopo das organizações, o que reflete diretamente no trabalho do UNFPA com populações e povos negros tradicionais. Uma atividade como essa é fundamental principalmente para esse edital, que tem como um dos produtos finais modelo de aplicação de capital semente para organizações de povos e comunidades negras tradicionais, explica Luana Silva, oficial para Equidade de Gênero e Raça do UNFPA.

As lideranças, mediadas pela equipe do UNFPA e pelo Instituto de Pesquisas e Ações Comunitárias (IPAC) responsável pela formação estratégica para sustentabilidade organizacional - debateram os principais pontos de aprendizagem do processo, promovendo uma troca rica de experiências, dúvidas e saberes.

 


Roda de conversa reuniu líderes das organizações contempladas (Divulgação/UNFPA Brasil)

Com todos os protocolos de prevenção da COVID-19 garantidos, o grupo tirou dúvidas sobre o modelo de financiamento e as próximas etapas, discutiu a gestão do tempo dentro do projeto e refletiu sobre os pontos altos da formação. Uma roda de conversa intercalada por uma culinária afetiva preta encerrou a primeira fase com sucesso.

"O formato que vocês criaram é totalmente ímpar. Porque ele se adequa verdadeiramente às necessidades individuais de cada instituição. Eu acho que todos os editais deveriam ter o mesmo olhar", compartilhou Júlio Guimarães, presidente do Grupo Afro Cultural Ojuabá Axé.

A partir de agora, as lideranças, juntamente com o IPAC e as agências envolvidas, começam a pôr a mão na massa para executar seus planos de investimento. Acompanhe tudo que vai ainda acontecer aqui e nas redes sociais do UNFPA.