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Juventude em defesa dos Direitos Humanos

Mensagem da Diretora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem, no Dia dos Direitos Humanos

10 de dezembro de 2019

Neste Dia dos Direitos Humanos, nós do UNFPA saudamos os e as jovens que estão pressionando pelo progresso e fazendo mudanças significativas em suas comunidades, países e em todo o mundo.

Vinte e cinco anos atrás, ativistas e defensores dos direitos das mulheres galvanizaram a vontade política que levou à Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento do Cairo (CIPD) e seu histórico Programa de Ação. Muitas delas eram mulheres jovens, lutando para mudar o status quo e transformar a vida das pessoas por meio de seu compromisso inabalável com a saúde sexual e reprodutiva e os direitos.

Hoje, vemos o mesmo impulso das ativistas jovens ajudando a derrubar as barreiras restantes que estão entre elas e seus direitos e escolhas. Como parte da geração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, elas sabem que ter uma agência sobre seus corpos não é apenas a base para um futuro melhor, mas um direito humano fundamental.

Na CIPD, há um quarto de século, líderes mundiais prometeram colocar mulheres e meninas no centro do desenvolvimento, defender os direitos reprodutivos, atender às necessidades especiais da juventude e apoiar sua participação em todas as esferas da sociedade. Essa promessa foi cumprida para alguns, mas não para todas as pessoas.

Sabemos que a promessa da CIPD só pode ser plenamente alcançada com a liderança e o ativismo da juventude. Suas vozes estão mais altas e mais proeminentes do que nunca. Estão fazendo campanha para acabar com a violência, agressão sexual e abuso, como vimos durante os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres deste ano, que termina hoje. Estão desafiando normas discriminatórias, agindo e falando todos os dias sobre os problemas que afetam diretamente suas vidas.

É por isso que jovens ocuparam o centro do palco na Cúpula de Nairóbi, na CIPD25, que ocorreu no mês passado. Na Cúpula, ouvimos de um notável grupo de jovens defensores dos direitos humanos as perspectivas das comunidades indígenas, das pessoas afrodescendentes, pessoas com deficiência e pessoas com diversas orientações sexuais e identidades de gênero. Suas vozes enfatizaram a ação urgente necessária para realizar a visão da CIPD baseada em direitos.

Vamos avançar os direitos e as escolhas de todas as pessoas, apoiando ativistas, redes e organizações juvenis, ampliando as vozes dos e das jovens como agentes transformadores da mudança. Juntos, vamos falar alto e claro: os direitos reprodutivos são direitos humanos e estamos comprometidos em protegê-los e defendê-los, hoje e todos os dias.