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O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) realizou, na última semana, uma roda de conversa direcionada para gestantes de um dos abrigos da Operação Acolhida em Boa Vista, Roraima. Ao todo, 32 grávidas venezuelanas migrantes e refugiadas e alguns de seus parceiros participaram da conversa sobre saúde sexual e reprodutiva, acesso a métodos contraceptivos e direitos. 

Em contexto de emergências humanitárias, mulheres gestantes, assim como mulheres em geral, pessoas LGBTI, idosas e com deficiência - entre outras com necessidades específicas de proteção - são especialmente vulneráveis. Por isso, o UNFPA é responsável por promover ações em saúde sexual e reprodutiva e prevenir a violência baseada em gênero, principalmente no caso das grávidas: de acordo com o último Relatório Sobre a Situação da População Mundial, ao menos 800 mulheres e meninas morrem todos os dias no mundo de complicações relacionadas à gravidez ou ao parto, devido à falta de serviços obstétricos adequados. 

A especialista em Saúde Sexual e Reprodutiva do UNFPA em Roraima, Leila Rocha, explica que grande parte das mulheres venezuelanas que chegam ao país não passaram por qualquer tipo de pré-natal. Em junho, por exemplo, o Fundo de População realizou 84 atendimentos a pessoas grávidas. 

“É importante ter essa roda de conversa porque podemos orientar a mulher sobre todas as vacinas necessárias, seus direitos, a importância da amamentação e métodos contraceptivos modernos”, explica.

Na ocasião, também foi feita uma demonstração de como utilizar o preservativo feminino. Leila Rocha destaca, ainda, a participação dos companheiros das gestantes na conversa. “Foi muito legal a participação de alguns parceiros, que ficaram curiosos, conheceram um pouco mais sobre o preservativo feminino e outros métodos”, afirmou.