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O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) realizou, em parceria com a associação Médicos Sem Fronteiras, um encontro com adolescentes e jovens venezuelanos da ocupação Criança Feliz, em Boa Vista. A atividade fez parte da uma grande ação de saúde que contou também com a participação da Secretaria Municipal de Saúde e do Exército Brasileiro, assim como o apoio dos próprios coordenadores da ocupação. Como parte da ação foram feitos testes rápidos de HIV, Hepatites, Sífilis, Malária e foram aplicados testes rápidos de gravidez. 

 

O UNFPA e os promotores de saúde da Médicos Sem Fronteiras se juntaram para criar um espaço de formação e debate com jovens com objetivo de discutir sobre saúde sexual, que inclui discussões sobre puberdade,  infecções sexualmente transmissíveis e gravidez não intencional. A ação do UNFPA foi uma resposta às demandas das pessoas que vivem na ocupação para trabalhar a saúde sexual e reprodutiva com jovens e, especialmente, abordar temas relacionados com a gravidez na adolescência. 

 

Foram duas horas de conversa e debate sobre os temas de saúde sexual e reprodutiva, que inspirou uma forte curiosidade e dúvidas entre os jovens participantes “Esses são temas que vemos na escola, mas nem todos recebem essa informação. Acho importante que possamos falar sobre esses temas, porque geralmente os nossos pais não falam muito e, na nossa idade, a gente começa a olhar coisas novas”, comenta D.F, participante de 14 anos. 

 

“Temos muitos jovens aqui, por isso é muito importante que eles possam receber informações, para criar consciência desde agora no cuidado que devem ter, por exemplo, com as infecções sexualmente transmissíveis e gravidez quando as jovens ainda não estão preparadas”, afirmou Marcelis Perez, uma das coordenadoras da ocupação. 

 

O Fundo de População da ONU vem apoiando diversas ações com objetivo de alcançar  a população em situação de maior vulnerabilidade social e que tem apresentado grandes demandas na área de saúde. Assim, o UNFPA contribuiu com a missão de promover o acesso qualificado à saúde sexual, reprodutiva e direitos e especificamente no trabalho de assistência humanitária, contribuir com a resposta local a violência baseada em gênero e resiliência comunitária.