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O aplicativo Nina, disponibilizado pelo UNFPA em locais públicos, auxilia na prevenção e resposta a violência de gênero e atende necessidades mulheres brasileiras, refugiadas e migrantes

A tecnologia pode ser uma poderosa aliada na disseminação de informações que contribuam no enfrentamento da violência de gênero e acesso a direitos. Um exemplo é o aplicativo Nina, desenvolvido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com apoio da União Europeia. 

O aplicativo conta com um robô de conversa (chatbot) que “fala” português, espanhol e inglês e está programado para responder questionamentos e fornecer informações sobre violência sexual, gravidez, HIV, direitos da população LGBTI e exploração sexual. Tudo se passa como se fosse uma conversa com uma amiga.

O aplicativo Nina também indica os locais da rede de assistência em saúde, assistência social e justiça. Ainda há uma seção voltada especificamente para a população refugiada e migrante, com informações sobre documentação, busca de abrigo e doação de roupas.

A ferramenta é virtual e o acesso também pode ser feito por meio de totens com tablets disponíveis no Posto de Interiorização e Triagem (PITRIG) de Boa Vista, em Roraima, para a população refugiada e migrante que acessa o local. Em breve novos totens estarão  também nas cidades de Pacaraima, próxima à fronteira com a Venezuela, além de Manaus, capital do Amazonas. Futuramente, o aplicativo Nina também poderá ser instalado por qualquer pessoa em seu smartphone pessoal.


Beneficiárias utilizam aplicativo Nina na sala do UNFPA no PITRIG de Boa Vista (Foto: UNFPA Brasil/Pedro Sibahi)

A representante do Fundo de População da ONU no Brasil, Astrid Bant, afirma que “a criação do aplicativo Nina é uma inovação tecnológica trazida pelo UNFPA que busca aumentar o leque de ferramentas disponíveis para que mulheres e meninas conheçam seus direitos, saibam como acessar a rede de proteção psicossocial, de saúde e justiça. Esperamos que, com o acesso a informações sobre seus direitos, as mulheres e meninas possam encontrar o apoio da rede de proteção existente antes de entrar em situação de violência. Vale destacar que esse projeto só pode ser viabilizado com o financiamento da União Europeia, um importante parceiro no enfrentamento à violência de gênero”.

Ao longo da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres, iniciada no dia 25 de novembro e que vai até o dia 10 de dezembro, o aplicativo Nina tem sua visibilidade reforçada na cidade de Boa Vista, por meio de apresentações do conteúdo do aplicativo em atividades coletivas e atendimentos individuais no PITRIG.

A coordenadora de enfrentamento à violência de gênero do UNFPA em Roraima, Patrícia Ludmila Melo, destaca que “a iniciativa de disponibilizar o app Nina em diversos locais vai contribuir para que as pessoas refugiadas e migrantes tenham acesso às informações sobre violência baseada em gênero, saúde sexual e reprodutiva, migração e também saber onde estão localizados os dispositivos da rede de proteção para as pessoas sobreviventes de violência, mecanismos de denúncias e quais os equipamentos de saúde disponíveis no Estado”.

“O Nina contribui com o empoderamento, acesso, proteção e resiliência comunitária das pessoas assistidas, com ênfase em mulheres, meninas e população LGBTI+. Lembrando que informações salvam vidas e o UNFPA compre seu papel ao garantir o amplo acesso à esse direito”, acrescenta Patrícia.

 

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