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Com o objetivo de oferecer assistência médica a comunidades de migrantes e refugiados em Roraima, na última quinta-feira, 22, foi realizado com sucesso o primeiro mutirão de saúde dentro da ocupação Ka’ubanoko, que conta com aproximadamentes 600 pessoas, a maioria delas indígena, pertencentes a diferentes etnias da Venezuela. 

 

A atividade foi realizada por diversas instituições: Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Indigenista Missionário, Serviço Jesuíta Pastoral do Migrante, Cáritas, Médicos Sem Fronteiras, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a própria comunidade, por meio do apoio de suas lideranças indígenas e não indígenas. 

 

A atividade ofereceu, dentre outras coisas, realização de testes rápidos de gravidez, HIV, Hepatites, Sífilis e Malária, assim como busca ativa de desnutrição infantil e consultas médicas. O Fundo de população da ONU disponibilizou Kits Dignidade para as famílias e realizou sessões informativas com diferentes grupos de mulheres, abordando os temas de saúde sexual e reprodutiva, especificamente com relação às infecções sexualmente transmissíveis e o acesso ao tratamento delas pela rede do estado de Roraima. 

 

“O local foi ocupado e suas instalações não são apropriadas para o abrigamento de pessoas. Por isso, as condições ambientais e de infra-estrutura os colocam em maior risco para as questões de saúde. Desta forma, ações como essas são extremamente importantes para essas comunidades”, explica a especialista em Saúde Sexual e Reprodutiva do UNFPA, em Roraima, Leila Rocha.

 

“Hoje, estamos vendo o fruto de todo o compromisso e o trabalho que temos realizado com os comitês, que agora formam parte da gestão do nosso espaço. Este lugar não é apenas um abrigo, aqui cada um faz sua parte para seguir em frente e o que aconteceu hoje nos deixa muito feliz”, comenta Alida Gomez, da liderança indígena Warao.