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Como parte das atividades alusivas aos 20 anos da Conferência Mundial das Nações Unidas,  que apontou ações contra o racismo, a xenofobia e a intolerância, ocorrida na África do Sul em 2001, o UNFPA e UNICEF, promoveram formação para refletir os impactos da Declaração de Durban e os desafios para eliminação da discriminação racial.

Participaram da capacitação adolescentes e jovens da Bahia e São Paulo que compõem o time da batalha poética de Slam Ecos de Durban. Evento que ocorre no próximo domingo (21/03), no Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, das 17h às 19h. A transmissão ocorre ao vivo pelo canal do Youtube do @UNFPABrasil. 

Para Luana Silva, Oficial de Gênero, Raça e Etnia  do UNFPA, estas ações de visibilidade e formação são  fundamentais. Para ela, “A Conferência de Durban é uma declaração dos nossos ancestrais pois reconheceu a dívida história da escravidão, o peso do colonialismo, do racismo e precisa ser reafirmada, sobretudo, no contexto da pandemia”, pontuou.

Segundo a baiana e poeta Sued Hosaná, a formação é muito importante pois poucas pessoas, sobretudo os jovens, ouviram falar da Conferência. Afirma que a capacitação para o Slam Ecos de Durban busca pautar alguns processos e emplacar lutas muitas vezes invisibilizadas, por meio de linguagem acessível.

O projeto intitulado “As cores e vozes das periferias e os 20 anos da Conferência de Durban” acontece dentro do marco da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024) com o objetivo de dar visibilidade às contribuições sociais, históricas, culturais, políticas e econômicas dadas pela população negra, além de propor medidas concretas para promover a sua plena inclusão.

A Oficial de Juventudes do UNFPA, Gabriela Monteiro, reforça que a atividade teve como objetivo traçar, através de uma linha do tempo, o marco dos 20 anos da Conferência e reposicionar os sujeitos históricos, a partir do debate feito por pessoas negras. E destacou: “ Eu acho importante perceber a oportunidade histórica que temos aqui, ao revisitar as ações anti-racistas propostas pela declaração de Durban e de perceber como o sistema ONU, os acordos internacionais influenciam as políticas públicas de um país, impactando diretamente as vidas das pessoas negras”, concluiu.