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Em uma nova modalidade de interiorização, 30 venezuelanas e venezuelanos foram levados nesta quinta-feira (25) de Boa Vista (RR) para Salvador (BA). Os solicitantes de refúgio e residência temporária chegaram ao estado com vagas de trabalho ou empregabilidade já sinalizadas.

A viagem foi feita em uma aeronave C-99 da Força Aérea Brasileira (FAB). Os preparativos para a viagem começaram por volta das 5h no abrigo Rondon 2.

A aeronave pousou na Base Aérea de Salvador às 14h45. Cinco pessoas se instalaram na capital baiana. Outras 25 – entre adultos e crianças – seguiram de ônibus para Alagoinhas (BA), a cerca de 120 km de Salvador.

Esta fase da interiorização foi construída em parceria com a Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI Brasil). A organização fez contato prévio com empresas para garantir empregos para os venezuelanos com mão de obra especializada, além de contribuir com toda a infraestrutura necessária para a acolhida, como locação de apartamentos mobiliados, alimentos e produtos de higiene pessoal. Este é o primeiro grupo que parte dos abrigos gerenciados pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em parceria com a AVSI Brasil, em Boa Vista, na modalidade de interiorização para trabalho.

Reunificação familiar em SC

Além do grupo que foi para a Bahia, outros 14 venezuelanos e venezuelanas seguiram para as cidades de Florianópolis (SC) e Chapecó (SC) em voos comerciais, custeados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). Nesta modalidade, os imigrantes não são levados para abrigos, mas para casas de familiares que já se estabeleceram nos destinos.

Com as viagens desta quinta-feira (25), passa de 2,8 mil o número de pessoas que já participaram da interiorização. A iniciativa foi criada para ajudar os venezuelanos que estão em Roraima a buscarem melhores oportunidades no Brasil.

Sobre a interiorização

A interiorização tem caráter voluntário, ou seja, todos aceitam participar. Os detalhes sobre a cidade de destino são explicados com antecedência. Os participantes assinam termo de voluntariedade junto à OIM.

Inicialmente, o governo e a ONU articulam com municípios e entidades da sociedade civil interessados em acolher homens, mulheres e crianças venezuelanos. Com a disponibilidade de vagas, as pessoas que querem participar do processo são selecionadas, passam por exame de saúde, regularizam documentação – inclusive CPF e Carteira de Trabalho -, são vacinadas, abrigadas na cidade de destino e acompanhadas no abrigo.

Com base no registro de venezuelanas e venezuelanos abrigados em Roraima, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) estabelece o perfil desta população e identifica as pessoas interessadas em participar da estratégia. O ACNUR também financia melhoras na infraestrutura dos abrigos e cobre outros custos operacionais. A OIM e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) atuam na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar decisões informadas sobre a mudança para outras partes do país.

A OIM apoia na organização dos voos e acompanha as pessoas participantes neste processo. O UNFPA trabalha na proteção contra a violência de gênero e pelo direito à saúde sexual e reprodutiva, em especial de mulheres e meninas, auxiliando governos locais a se prepararem e absorverem essa população nos serviços e rede de proteção, além da disseminação de informações sobre os direitos de mulheres, meninas e população LGBTI no Brasil.

Esta fase da interiorização foi construída em parceria entre o Governo Federal, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI Brasil). A AVSI fez contato prévio com empresas para garantir empregos para os venezuelanos com mão de obra especializada, além de contribuir com toda a infraestrutura necessária para a acolhida, como locação de apartamentos mobiliados, alimentos e produtos de higiene pessoal.

 

*Texto adaptado

Fonte: ONU Brasil