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A convite do Fundo de População da ONU, Isabela Alves elaborou um pôster comemorativo para o dia 25 de julho 

Considerando o dia 25 de julho, que marca Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, o Fundo de População das Nações Unidas convidou a artista Isabela Alves para elaborar um pôster comemorativo. A data marca a luta pelo fim do machismo e do racismo e rememora as dificuldades que mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais vivenciam para o reconhecimento de seus direitos.

Isabela é uma jovem negra que transmite por meio da arte temas como afetividade negra, fragmentação do corpo negro e identidades brasileiras. Segundo a artista, a obra feita por meio de colagem demonstra três gerações de mulheres. “Nós, mulheres negras, latino-caribenhas e indígenas, estamos tentando manter viva a nossa ancestralidade. A nossa luta é para que os três tempos - passado, presente e futuro - consigam coexistir e saiam da linha de morte e violência que os países colonizados nos colocam”.


Isabela Alves, artista (Foto: arquivo pessoal)

O Fundo de População da ONU preconiza garantir a igualdade de oportunidades e o direito às escolhas, para que cada jovem possa atingir seu pleno potencial. “É fundamental conhecer e reconhecer o trabalho de mulheres como o de Isabela Alves, que tece e conta por meio da arte a história e a identidade da população negra. Muitas mulheres negras, latino-americanas e caribenhas fazem trabalhos incríveis, mas não basta apenas reconhecer, é necessário desenvolver o potencial e criar oportunidades para todas”, aponta Astrid Bant, representante do Fundo de População da ONU no Brasil.

Astrid Bant também lembra que, neste Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, é fundamental o debate sobre as desigualdades que essas mulheres vêm enfrentando durante anos e que se agravaram no atual contexto. “Durante a pandemia, e sobretudo no Brasil, mulheres negras são a parcela da população que vem sendo mais afetada, tanto na questão socioeconômica, como também na dificuldade de acesso aos serviços de saúde, educação, moradia, justiça, entre outros. São as mulheres negras que também estão expostas à maior violência, e discutir essas e outras questões é fundamental”.

Clique aqui para conhecer mais sobre o trabalho da artista Isabela Alves.